Praça Pe. Cícero atualmente (Foto: Blog de Quincuncá-CE) |
Anos mais tarde uma senhora apelidada de "Lurdinha" também pagou promessa e conversou com seu Chico Rodrigues a possibilidade de construir uma casinha, o velhinho logo concorda e inicia-se os trabalhos de arrecadação e construção da antiga casinha, neste tempo uma nova estátua é entronizada, foi em especial a esta construção ao "cearense do século" que as pessoas tiveram cuidado com o local plantaram árvores e fizeram o piso.
Antes e depois da nova "casinha" ou altar ao Pe. Cícero. (Foto: Blog de Quincuncá-CE). |
Biografia do entronizador da 1° estátua do "Padim Ciço"
- Francisco Rodrigues de Melo (Chico Rodrigues) - In Memoriam
Francisco R. de Melo (Chico Rodrigues) |
Em outubro de 1941 muda-se novamente, agora para o Sítio Genipapo em Assaré onde criou os filhos e viveu por mais tempo. Destaca-se na sua vida uma história de muito trabalho, a sua primeira residência no Genipapo era pequena, de modo que os filhos mais velhos dormiam em redes do lado de fora da casa enquanto a mãe e os filhos mais novos dormiam dentro deste ranchinho.
Com a construção do engenho aproximadamente no ano de 1950, as coisas foram melhorando ao que parecem pois com a venda das rapaduras em toda a Serra do Quincuncá, em vilas e sítios de Assaré e na cidade de Farias Brito-CE, seu Chico Rodrigues levantou mais cômodos feitos de taipa ao lado de sua residência, vale lembrar que ele utilizou-se não do barro, mas do bagaço proveniente da cana-de-açúcar, e foi adquirindo gradativamente terrenos.
Tinha ele preocupação com o aprendizado dos filhos(a) é tanto que ia de cavalo até Assaré buscar uma professora, por nome Helena que ensinava a seus seis filhos e demais jovens do sítio e aos finais de semana ele ia deixa-lá em casa.
O primitivo engenho era de pau, era movido a força de bois e atraia muita gente das redondezas que vinham trabalhar e ao mesmo tempo degustar os derivados da cana, entre eles a rapadura, alfenim e a garapa. Com o avanço da idade, seu Chico Rodrigues, vende o engenho para seu filho Abdoral que faz algumas alterações no engenho e agora funcionaria a motor ao invés de bois Por quase cinco décadas o engenho esteve funcionando, produzindo principalmente rapadura, uma das melhores da região.
Chico Rodrigues ao lado de 2° esposa Marina |
Infelizmente o sr. Francisco caiu e quebrou um osso da cintura pélvica (bacia), desde então ficou prostrado vindo a falecer em 13 de julho de 1996 aos 92 anos de idade. Um ano após sua morte o engenho, foi desativado, porque já não se tinha a mesma facilidade pra vender, percebendo os novos produtos no mercado que acabaram por substituir a rapadura.
Achei interessante registrar algumas fotografias do local, hoje ainda com algumas máquinas que estão enferrujadas, que compunham o cenário da época.
Local onde localizava-se o engenho (Foto: Blog de Quincuncá) |
Máquina do engenho. (Foto: Blog de Quincuncá). |
ENTREVISTAS:
Maria Auxiliadora Rodrigues Leite, 38 anos
Abdoral Gonçalves de Melo, 84
Antônia Rodrigues de Melo, 81.
FOTOS:
Cedida pela família e Blog de Quincuncá-CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário