30 de dezembro de 2015

Felicitações a Dona Sitonha 30/12

Dona Sitonha (Atualmente)
     Antônia Moreira Dias, mas conhecida como Sitonha, nasceu em 30 de dezembro de 1940 em Quincuncá, filha do casal: José Moreira de Sousa e Raimunda Maria de Jesus, casou-se em 1959 aos 19 anos com José Eusébio Sobrinho mas conhecido como Zé Euzébio (In Memoriam) do qual provenieram 11 filhos, dos quais 08 estão vivos atualmente: Francisca Moreira, Antônia Moreira, Leide Moreira, Antônia Moreira, Maria Moreira, Luís Carlos Moreira, Maria Moreira, Cícera Moreira Dias, sempre trabalhou como agricultora ao lado do seu esposo, hoje está aposentada e reside na Rua José Alves Costa em Quincuncá.

    PARABENIZAMOS HOJE DIA 30 DE DEZEMBRO A MESMA POR SEUS 75 ANOS DE VIDA E DESEJAMOS MUITA SAÚDE E FELICIDADE!

22 de dezembro de 2015

Desaterramento da Barragem Enoch Rodrigues

Máquinas trabalhando na obra... 21/12
       Depois de 65 anos desde a sua  inauguração em 1950 a barragem Enoch Rodrigues em Quincuncá, passa por uma revitalização do maior reservatório de água da comunidade. As obras deram início no último sábado dia 19 de dezembro, as máquinas trabalham retirando o aterro,  o que possibilita maior acúmulo de água, beneficiando a comunidade.
         Tudo isso só se tornou realidade, com a repercussão das fotos que foram tiradas por o jovem Gabriel Tomaz e postadas no Grupo filhos e amigos de Quincuncá-CE no Facebook, a publicação teve grande impacto e foi alvo de inúmeros comentários de repúdio e indignação.... Acompanhe:




      Com a repercussão gerada, também outras pessoas da comunidade manifestaram seu apoio para com a reforma da parede e o desaterramento da mesma. Desde então poder público e máquinas de pessoas do distrito trabalham para bem comum, desde o inicio as pessoas estão entusiasmadas e boa parte delas se fazem presente, observando o avanço da obra.  As  máquinas trabalharam cerca de três dias, mas já foi uma grande quantidade de aterro retirada mas a comunidade aguarda que em breve continue este desaterramento, tão importante para a revitalização da barragem.
Mutas pessoas acompanhado o andamento das obras.. 21/12

21 de novembro de 2015

Biografia de Antônio Militão de Carvalho

1. Antônio Militão de Carvalho. (Foto Antônio Jesus de Carvalho 'Jesus Militão').
     Antônio Militão de Carvalho, nasceu no dia 24 de julho de 1915 no Sítio Barrocas no município de Assaré-CE, era filho de Militão Jeremias de Carvalho e Maria Isabel da Conceição.  Os primeiros anos de sua vida, e adolescência foi residindo no sítio Barrocas, onde seu próprio pai o alfabetizava.

2. Esposa de Seu Antônio Militão
(Cedido por Diva Rodrigues)
         No ano de 1932 com 22 anos, casou-se  com Ingracia Gonçalves de Alencar com quem teve 07 filhos: Francisco Antônio de Carvalho; Militão Antônio de Carvalho; José Antônio de Carvalho; Antônio Militão Filho; Vicente Antônio de Carvalho; Maria Nazaré de Carvalho e  Antônio Jesus de Carvalho. A todos os filhos buscou encaminhar no caminho da responsabilidade e do respeito, ambos ajudaram seus pais no roçado e na criação de gado para assim manter o sustento da casa, especialmente porque fazia a venda do leite e com o dinheiro adquirido comprava outros suprimentos que precisava, assim continuou  morando no Sítio Barrocas, até que em Agosto de 1952 mudou-se com sua família para o Sítio Cajuí em Farias Brito, onde Seu Antônio Militão ministrava aulas particulares (pagas) para todas as idades, principalmente a crianças.

3. Residência de Seu Antônio Militão. Foto:Blog de Quincuncá

        Passado alguns anos, juntou suas economias e no ano de 1973 adquiriu uma casa na Rua José Rodrigues  (ao lado da capela) em Quincuncá, no mês de  abril do corrente ano ele mudou-se para a residência, ali tratou de tornar-se voluntário na capela de São José, onde foi tesoureiro de 1976 a 1992, totalizando 16 anos de serviços prestados a aquela instituição. Antônio Militão, não só se limitou a zelar do financeiro da capela, mas colaborava em todos os eventos promovidos e  certa vez participou de uma quadrilha, então promovida por Dona Niza, da qual ele foi o noivo, juntamente com Chiquinha.
        Em época de eleição era também o   mesário, juntamente com seu amigo Zé Glória da Vila Umari. Tudo o que conseguiu foi com seu suor. Era um homem do campo, gostava da simplicidade e era conhecido por sua honestidade. Faleceu as 02:00h do dia 25 de fevereiro de 1999 aos 84 anos de vida e foi sepultado no Cemitério Padre Cícero.



Entrevista:
07/09 e 30/10/2015 - Entrevista com Antônio Jesus de Carvalho, 67 anos - (Jesus Militão)
(Cartório Moreira. C-03 de óbitos- 1997-2000. p.097)

12 de novembro de 2015

Campanha para restauração do cruzeiro de Quincuncá.


    O Blog de Quincuncá, lança sua primeira campanha: restauração do cruzeiro de Quincuncá-CE, mas por quê? o cruzeiro é um dos patrimônio mais antigo (se não for o único), que dispomos em nossa comunidade, ele estava em frente da antiga capelinha de São José, mas quando foi dado inicio ao processo de construção da capela atual em 1951, ele foi recolocado onde é hoje a praça Jesus Alderico Costa, e ali naquele local era zelado por a senhora Maria das Virgens do Amor Divino (Das virgens) posteriormente com sua morte, o cruzeiro passou a ser cuidado por seu filho Jesus Alderico Costa (Dorico), e por conseguinte por José Euzébio Sobrinho, e dai em diante  ninguém mais ficou responsável por zelar desse espaço.
   Anos se passaram, e o cruzeiro encontra-se nesta lamentável estado, devido principalmente aos cupins que estão destruindo aos poucos, que ocasionou também a remoção de boa parte da tinta. Com essa campanha pretende-se comprar inseticida para matar os cupins, em seguida passar massa corrida para tapar os furos feitos pelos cupins, e por fim pintá-lo.
   Para efetuar sua colaboração, procure Guilherme e doe qualquer valor. Ao término da campanha, e restauração do referido cruzeiro, estarei prestando contas. Obrigado!

10 de novembro de 2015

Blog de Quincuncá-CE, ganha nova logomarca!

Antiga logomarca: Blog de Quincuncá

     O Blog de Quincuncá, surgiu com um intuito: resgatar as histórias do nosso povo. Tentando representar tudo isso em uma logomarca para divulgação de nosso trabalho, eu, Francisco Guilherme, autor do Blog criei no programa paint, em maio de 2015,  esta logomarca acima bem simples.  
     No entanto, sabia que precisávamos de um logotipo diferente que fosse mais fácil de decifrar seu significado e como desenvolvo esse trabalho voluntariamente, não tenho condições suficientes para mandar produzir nossa logotipo, foi divulgando as fotografias das entrevistas realizadas nas redes socias, que o Sr. Junior Kariri Ferreira, se disponibilizou, e elaborou nossa logomarca, que além de possuir uma estética mais atraente, possui significados em suas cores e formas, substituindo a logomarca anterior por essa atual.
Nova Logomarca: Blog de Quincuncá
      A  nova logomarca foi criada por Junior Kariri e concluída em novembro de 2015: o cruzeiro representa a fé cristã (religiosidade) bastante presente na comunidade, além disso este "madeiro santo" estava no patamar da antiga capela de São Jose, construída por "Zé Rodrigues" e sua família e foi  transferido para o atual local,  a pedido de Dona das Virgens, é um  poucos, senão o único patrimônio que existe desde os primórdios da vila.
     A casa, com sua arquitetura arrojada, faz uma alusão aos tempos passados, quando as residência eram construídas com detalhes decorativos na fachada, com várias portas e janelas proporcionando um ambiente iluminado e arejado, a mesma morada, espelha-se na casa de Seu Herculano e Dona Cotinha, que fica na esquina da rua José Rodrigues com a Aderson Holanda em Quincuncá, a estrela remonta o patriarcalismo exercido pela família Rodrigues. 
     O agricultor com sua enxada representa a principal fonte de renda da população: agricultura, ao mesmo tempo ele direciona o sua ferramenta para o nome "Blog de Quincuncá" significa dizer que assim como o trabalhador cultiva sua plantação, o Blog tem esse objetivo de cultivar nossas histórias e tradições.
       A cor marrom, significa a terra e sua fertilidade, e também a cor do manto da imagem sacra de São José, o padroeiro da comunidade que está ligada ao desenvolvimento do distrito. O verde simboliza a vegetação no período do inverno, tempo muito aguardado e que traz alegria e fartura, evoca ainda a árvore que foi o nome anterior da Vila: Araticum, um fruto parecido com a pinha, ou a graviola.  O azul refere-se ao céu, que a cada tarde revela um pôr do sol encantador, e por fim o slogan abaixo "resgatando as histórias do nosso povo" que sintetiza nosso objetivo maior.

   Agradecimentos ao Sr. Junior Kariri Ferreira, por ter produzida nossa logomarca, sem nada cobrar em troca!


23 de outubro de 2015

Biografia do Sanfoneiro Joaquim Oliveira Sobrinho (Oliveira)

Joaquim  (Oliveira) com sua sanfona

        Joaquim Oliveira Sobrinho, mas conhecido como Oliveira, nasceu em 28 de outubro de 1928, filho de Artur Dias de Santana e Antônia Silva Oliveira. Aos 22 anos em 1950 casou-se com Antônia Silva Oliveira (Dona Tonha) com quem teve 15 filhos, sendo 06 mulheres e 09 homens, vivos temos 10: Maria Cícera de Oliveira; Francisco Franceildo de Oliveira; Francisco Francimar de Oliveira; Antônia Bezerra Rodrigues; Maria Denir Dias Pereira; João Bezerra de Oliveira; Francisco Franciel de Oliveira; Pedro Bezerra de Oliveira; Gabriel Dias de Oliveira e José Dias de Oliveira. Todos os filhos são de partos em casa, realizados quase todos por Dona Isabel, com exceção do parto de Maria Cícera de Oliveira, que foi realizado por Dona Maria José.

Seu Oliveira, tocando numa festa de aniversário
        Filho do sanfoneiro Artur Dias tomou gosto logo cedo pela arte de tocar, comprou sua primeira sanfona com muito suor, trabalhou no roçado e vendeu parte do legume para realizar seu sonho, era agricultor porém sempre que podia pra complementar a renda, tocava sanfona em inúmeros eventos, que eram convidados como Leilões, aniversários, renovações, e em localidades como Quincuncá, Barreiro do Jorge, e em cidades um pouco mais distantes como Crato, Assaré onde passava dias, seus companheiros cantavam, tocavam o pandeiro, a viola mas Seu Oliveira mandava bem era na sanfona.

Residência de Seu Oliveira- Sítio Genipapo- Assaré-CE


         Sempre durante toda a sua vida, Seu Oliveira, residiu no Sítio Genipapo, município de Assaré-CE. Era um homem simples de pouco estudo, mas um doutor na escola da vida, detentor de muitas amizades, suas brincadeiras e piadas eram o seu diferencial. Faleceu aos 09 de agosto de 2005 aos 77 anos e foi sepultado no dia seguinte no Cemitério Público do distrito de Amaro-Assaré-CE.

Acompanhem o vídeo no qual Oliveira toca na festa de aniversário do genro Fransquinho no St. Genipapo em 2003.

Entrevistas:

Antônia Bezerra de Oliveira (esposa)
Maria Cicera de Oliveira (filha)
Antônia Bezerra Rodrigues (filha)

Fotos:

Blog de Quincuncá-CE
Arquivo familiar

6 de setembro de 2015

Memória: A Capelinha da Santa Cruz | Quincuncá

Capelinha antes da reforma

       A  Capelinha da Santa Cruz, sediada em frente ao campo de futebol de Quincuncá, tem uma longa história, mas suscita a ser conhecida: sabe-se apenas que o motivo da construção desta capelinha foi a morte de um vaqueiro que estava campeando com o seu gado, então o mesmo caiu e veio a falecer, não se sabe o nome do vaqueiro, mas a construção da capelinha deu-se pela família Pereira, Dona Cecília conta de foram seus tataravós que construíram a capelinha, ou seja mais de 100 anos desde a sua construção, Dona Cecília ainda ressalta "que quem se apega a cruz e faz seu pedido de todo o coração, alcança qualquer coisa" 
         No ano de 2015 a mesma passou por uma revitalização do seu espaço e encontra-se com novo espaço para local de orações e ao mesmo tempo alusão de um acontecimento histórico local.
      
Capelinha, após a reforma
Interior da capelinha
Entrevista:
Cecília Pereira Dias

27 de junho de 2015

Blog de Quincuncá-CE

    Desde a criação do Blog em Abril de 2015, e ao desenvolvimento de pesquisas relacionadas as histórias de Quincuncá, muitas realizações foram alcançadas como fotos marcantes da comunidade, documentos, entrevistas interessantes e uma participação de minha pessoa durante o programa "A sombra do pé de Juá" na FM Padre Cícero 104.9 no dia 26 de junho.




       O blog foi criado para isso:expor a todos os amantes desta terra as histórias, como já disse Marcus Garvey "Um povo sem conhecimento da sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raízes"
     No mês de maio, criei uma logomarca simples, mas que tem bastante significado, e criamos a fan page no Facebook, para divulgar ainda mais nossas atividades. Contudo ainda temos muito a cumpri, não pensem que faço isso para ser visto por ninguém, mas sim por amor a esta terra, por isso preciso da ajuda de TODOS, principalmente de recursos para restaurar todos as fotos já catalogadas, ainda ressalto que as fotos que forem restaurar terão, nota fiscal ou promissória, comprovando o valor pago e dando assim, transparência ao trabalho. Por isso entre em contato e faça sua colaboração... 
CONTO COM VOCÊ!!!

Entrevistas

26 de junho de 2015

Dona Romeira - Uma vida de sofrimento e aprendizado com o Padre Cícero

Maria Francisca da Conceição (Romeira)
          Maria Francisca da Conceição, mas conhecida como Romeira, nasceu no dia 01 de janeiro de 1899 sendo filha de Francisco Luiz e Antônia Maria de Jesus, sua infância foi muito sofrida, como em geral aos que nasceram na mesma época. Seus pais eram muito pobres, não dispunham de sequer uma moradia, viveu assim até por volta dos 10 anos com os  pais, debaixo da árvore do juá, oiticica ou em barraca de palha.
        Por volta de 1910 aos  11 anos de idade foi morar com as tias que só se conhece os seus apelidos "Beleza e Donata" em Juazeiro do Norte buscando por melhores condições, e a partir de então conheceu o Padre  Cícero Romão Batista, indo ajudar com as tias, que eram alfaiates e produziam as vestes daquele sacerdote, na limpeza do quarto e da batina do referido vigário. Com aquele padre aprendeu muitas coisas, também se impressionou algumas vezes com fatos inusitados que presenciava, ela contava que o Pe. Cícero falava profecias: " os lugar é longe e vai ficar perto, as pessoas vão criar asa e voar, a água vai subir pro céu, a gente vai olhar e ninguém vai saber quem é homem ou mulher, vai aparecer uns besouros pretos ferroando as perna do povo, por estas palavras podemos conceber as mais diversas concepções, ainda falava de que costumava fazer perguntas ao "padim" porém só teve uma que não a respondeu: por que seu chapéu segurava na parede, sem ter prego  ou outro suporte para segurar, contava ainda de que o Pe. Cícero comprava ovo, sendo que estes vinham tudo numa vasilha só que ele retirava alguns daqueles ovos e entregava a Dona Romeira e dizia para ela jogar fora, porque ele não comia ovo de galinha peri.

Carteira de trabalho: Maria F. da Conceição
        Em 1913, 14 anos de idade, saiu deste serviço voluntário, para casar com Joaquim Pereira Barros, desde o matrimônio mudaram-se para o sítio Antas então município de Assaré, hoje pertencente a Tarrafas, e deste casório vieram sete filhos os quais: Vicente, Cristina, Maria, Jacinta, Antero, Nicolau e Antônio, dos quais vivos atualmente só temos seu Antônio Pereira Barros com 87 anos, nascido em 1928 e  residente no distrito de Quincuncá, criaram estes filhos com muitas dificuldades, dependiam do bom inverno para uma boa safra, mas quando era ano de  seca,  era necessário pegar mucunã, um tipo de raiz parecido com mandioca e colocar 09 vezes de molho para fazer  a massa do pão ou do angu, alimentavam-se também com mucunzá e só comiam arroz no período da semana santa, era comum nesta época Dona Romeira ir a pé até Iguatu para comprar farinha para fazer pirão, a roupa das crianças era de tear, tudo era muito difícil.

       Infelizmente na década de 1950, sentiu fortes dores no olho e no ouvido, seu filho Antônio  relatou que procurou atendimento na época, mas o médico falou que não tinha mais o que se fazer, desde então foi perdendo sua visão gradativamente até ficar completamente cega, depois que aposentou-se adorava contar todas as histórias, principalmente aos filhos e netos, a quem se interessasse em ouvir os  ensinamentos do "padim Ciço" o sofrimento de sua infância e visitar seu filho Antônio no distrito de Quincuncá, era mulher batalhadora e de uma memória impressionante, pois aos 103 anos contava estas mesmas histórias com facilidade.
Faleceu no dia 24 de junho de 2002 aos 103 anos de idade, vítima de morte natural e foi sepultada no cemitério público da vila Barreiro do Jorge-Farias Brito-CE.

Acompanhe o vídeo onde a senhora Francisca Alexandre Morais Barros expõe seu relato sobre sua nora Maria Francisca da Conceição (In Memoriam).




Entrevistas:

 Antônio Pereira Barros. 87 anos
Francisca Alexandre Morais Barros, 74 anos.   

20 de junho de 2015

Barragem Enoch Rodrigues - Quincuncá

Barragem Enoch Rodrigues no período das Cheias, em 2015.
    A construção da primeira Barragem de Quincuncá, data do início da década de 1940, e só foi possível por meio da concessão de terras pelos descendentes da família Rodrigues e uma outra parte, doação do Sr. Ladislau Pereira da Silva (1881-1963). 
   Em 1948, a fim de propiciar que o reservatório armazenasse mais água, o governo municipal de Farias Brito, decidiu altear a primitiva parede, porém, numa tentativa de "economizar", optou pela mão de obra mais barata. Acontece que o serviço foi mal executado, de que modo que a parede não suportou e veio à romper, em 13 de maio de 1949, para comoção de toda a Comunidade. 
   Após o período invernoso daquele ano, iniciaram os trabalhos de reconstrução, liderados pelo mestre José Pereira da Silva, conhecido por "Zezinho Salvador", concluídos em 1950, durante a gestão do então prefeito Enoch Rodrigues, razão pelo qual têm esse nome.

Barragem Enoch Rodrigues em Julho/1995

    Antes da implantação da rede de distribuição de água, o local era muito frequentado, especialmente por mulheres, que utilizavam o espaço não só como meio de lazer, mas para lavar roupas e ariar alumínios. Hoje tal cena não é comum, e o que se destaca é a procura como meio de lazer e atividade de pesca. É um local de tamanha beleza, sobretudo no período das cheias, um cartão postal de Quincuncá, que infelizmente ainda enfrenta  problemas relacionados à poluição, privatização de algumas áreas submersas, com o uso de cercas, e ainda aterro, processo este acelerado por conta dos arrados das roças, localizadas em partes de terra que escoam para dentro do reservatório. 


ENTREVISTAS:
*Antonio Fonseca Dias (Tota Fonseca).

9 de junho de 2015

Biografia de João Antero da Silva "Silva Antero" - Por Guilherme Pereira

João Antero da Silva - Foto Acervo Silva Antero, digitalizado pelo BQ. 

     João Antero da Silva ou simplesmente "Silva Antero", nasceu no dia 13 de abril de 1913, no povoado de Araticum, atual Distrito de Quincuncá, então município de Quixará (Farias Brito-CE), sendo filho do comerciante, Anthero Rodrigues da Silva e da dona de casa, Catarina Senavirgem da Conceição.
      Em 1919, quando contava com apenas seis anos, ficou orfão de pai, juntamente com os irmãos: José "Zuza" e Manoel "Nenéu", episódio que mudou drasticamente a infância de ambos, que logo tiveram que substituir as brincadeiras, pelo trabalho árduo na agricultura, uma vez que já não contavam com o amparo materno, pelo falecimento da mãe biológica em 1916.  
       Vivendo a infância e a adolescência em Quincuncá, Silva Antero e seus irmãos foram criados pela madrasta, Maria Santanna de Oliveira, sob a supervisão atenciosa de suas tias, Cotinha e Santana. 
      Com dinamismo, trabalhando inicialmente na agricultura e na casa de farinha de José Dias da Fonseca e Silva (1883-1955), no Sítio Canto Alegre, e ainda em outros serviços onde era solicitado, foi alfabetizado pelo professor, Gregório Pereira de Souza (1847-1929), logo desenvolvendo suas habilidades comerciais, destacando-se como conceituado comerciante local. 
    Com ponto comercial no centro do distrito, comercializando tecidos e produtos de primeira necessidade, negociando e transportando legumes até as feiras de outras cidades, Silva Antero gradativamente viu seu negócio prósperar, construindo um exponencial patrimônio econômico, também como proprietário de grandes porções de terras, com engenhos na Fazenda Belo Horizonte (Serra do Quincuncá), Flor da América (Riachão - Cariús-CE), além de uma propriedade de 400 hectares no Sítio Saco em Barbalha-CE, onde anualmente eram realizadas as moagens, produzindo grande quantidade de rapadura e outros derivados da cana-de-açúcar. 
   Sob sua iniciativa e da indústria de algodão Cariús, constituiu em junho de 1950, as Indústrias Reunidas Quixaraenses, comércio de algodão e arroz com sede em Quixará (Farias Brito-CE), da qual se fez diretor comercial, contribuindo no desenvolvimento comercial no pacato município, e consequentemente ganhando notoriedade a nível local e regional, fato que certamente contribuiu na sua eleição como prefeito em 1950, pelo PSD, e como vice-prefeito em 1958, com Diocles Almeida Brandão. 
     No final dos anos 1930, casou-se em primeira núpcias, com Maria Hilda de Almeida, que faleceu de parto no dia 19 de julho de 1940. Em março de 1955, constrói uma nova união, agora com Antônia Ferreira de Sousa "Dona Toinha", que após o matrimônio adotou o nome de Antônia Antero de Sousa, da qual provenieram sete filhos: José, Catarina (in memoriam), Antero Neto, Maria de Fátima, João, Selma e Jackson (in memoriam), além de Maria José (1944-2001), sua filha primogênita, Antônia, Salete, Francisco "Neném" (in memoriam), Deusimar (in memoriam), Maria de Lurdes, Francisco e Marlene, frutos de outros relacionamentos, inclusive na fase de sua viuvez. 
    Como chefe do poder executivo de 1951 a 1955, pregava a união e a defesa dos interesses coletivos. Fruto de sua gestão, lutou por melhorias em sua terra natal, melhorando o acesso a Serra do Quincuncá, facilitando a acessibilidade e o escoamento da produção, cujo primeiro transporte a subir foi um caminhão misto de sua propriedade em 1954. Edificou ainda os muros do Cemitério local, intermediando a chegada da farmacêutico, Abelardo de Andrade Arraes e de sua família, que houve por proporcionar mais comodidade aos que necessitavam de tal profissional na comunidade. 
     Devotado as causas de caridade, sempre ajudou aos mais carentes. Em uma época onde o serviço de saúde praticamente inexistia, fazia uso de seu veículo para levar doentes ao Hospital São Francisco de Assis em Crato-CE, encarregando-se inclusive do pagamento do tratamento, caso lhe fosse cobrado. 

Entronização da estátua do Pe. Cícero na Serra do Quincuncá, 1975 - Acervo Pe. Wilton Leite. 
      A ideia de edificar um monumento ao Padre Cícero Romão Batista no alto da Serra do Quincuncá, em julho de 1975, também foi de sua autoria. Essa atitude conforme depoimentos, correspondeu a um gesto de agradecimento ao sacerdote, pela sua participação na vida religiosa de Quincuncá, onde abençoou os terrenos que compreendem a Igreja de São José e o Cemitério que hoje leva o seu nome (Cemitério Pe. Cícero). 
    A sua extensa participação na vida política e comercial encerrou quanto do seu falecimento aos 68 anos, na madrugada de 30 de outubro de 1981, deixando seu nome gravado como uma personalidades mais atuantes na história local. 
       

FONTES:

Fontes escritas:

  • Livro de óbitos nº 13 (1918-1928), p. 16 - Paróquia N. Sra das Dores | Assaré-CE - Acervo do DHDPG, Diocese do Crato - Óbito de Anthero Rodrigues; 
  • Livro de óbitos nº 03 - Paróquia de Quixará (Farias Brito), p, 28, nº 06 - Óbito de Hilda Almeida. 
  • Jornal Tribuna do Ceará. Quincuncá luta por sua emancipação, edição de 28/09/1990 - Acervo pessoal;
  • Livros de tombo I e II - Paróquia N. Sra. da Conceição - Farias Brito-CE;

Fontes orais:

  • Raimunda Timóteo Leite (Dedi);
  • Antônio Fonseca Dias (Tota);
  • Maria Gracildes de Andrade Arraes; 
  • Antônia Antero da Silva (Toinha) - Filha do biografado; 
  • Antero Neto Silva - Sobrinho do biografado; 
  • Teodorica Moreira de Souza (Durica); 
  • Maria de Lourdes Pereira Silva; 

5 de junho de 2015

Memória: A pousada de Maria Carlos

Manoel Rodrigues do Nascimento  e Maria Rodrigues de Souza
          Maria Rodrigues de Souza, mas conhecida como Maria Carlos, nasceu na antiga vila Araticum, atual Quincuncá aos 12 de maio de 1901, uma mulher batalhadora, e todos a conheciam principalmente por sua jeito alegre. Contraiu matrimônio com Manoel Rodrigues do Nascimento, mas conhecido como Nê, quando tinha 16 anos, e deste casório provenieram 04 filhos: Eliziário, Adetiza, Irismar e Diva. Juntos eram proprietários de uma pousada  localizada em frente à Capela de São José.

Local da pousada (Atual residência de Diva)
         Ali acolhiam os visitantes, padres, médicos que chegassem ao pequeno povoado, comercializando comidas, quitutes, pão de ló, muncunzá, etc. Até hoje, a fabricação dos doces, continua nas mãos de sua filha Diva e Natalício. Além disso, Dona Maria Carlos também era costureira e ensinava a quem quisessem aprender tal ofício,  
         Era devota de São José e ajudava no que podia com os festejos ao padroeiro no mês de março, doando alimentos para leiloar e também ajudava nas coroações, lapinhas e tudo mais que houvesse na capela. Faleceu em 14 de abril de 1970, aos 69 anos de idade, vítima de problemas cardíacos, deixando muitos ensinamentos, e constituiu-se  também, como uma referência em hospitalidade. 



ENTREVISTAS:

Diva Rodrigues de Souza

Pedro Natalício da Silva

4 de junho de 2015

Biografia de Antônio Moreira da Silva - Por Guilherme Pereira

Antônio Moreira - Cedido por Dona Iraci Pereira. 
    Antônio Moreira da Silva, também chamado de Antônio Ananias, nasceu em Quincuncá, cidade de Farias Brito-CE, no dia 06 de abril de 1906, filho do casal de agricultores, Ananias Pereira de Souza e Antônia Gonçalves da Silva. Tinha como irmãos: Gertrudes, José, Aguida e Cândida. 
      Começou a trabalhar muito jovem, assim como todos de sua época. Depois enveredou pelo comércio, comprando e transportando produtos agrícolas de Quincuncá para o comércio Cratense em tropas de animais. Com a abertura de estradas e o surgimento dos transportes, abriu uma pequena loja de tecidos que eram de primeira necessidade na comunidade. Nesta época o Sr. Antônio Jesus de Carvalho, lembra que quando falecesse alguém, os familiares procuravam seu estabelecimento para adquirir os tecidos para a "mortalha" do defunto.
       Ainda com armazém na Rua Vicente Leite em Crato, deu continuidade ao seu trabalho. Muito conhecido por sua honestidade nos negócios, manteve esse intercâmbio por mais de 50 anos, numa época em que palavra de homem valia mais que promissórias, cheques e escrituras. Gozava de muitas amizades, do respeito e confiança de todos, até porque desconhecia-se um "não" em tempos difíceis como nas secas de 1938, 1942, e 1958, prestando relevante serviços a localidade.

Antônio Moreira e sua 1ª esposa, Madalena. 

     Nos anos 1920, casou-se com Maria Madalena, também filha natural de Quincuncá, tendo com esta sete filhos: Agostinho (in memoriam), Elisa; Maria; Irene; Isaurinha, Raimunda, e por fim o 7° filho que faleceu ainda criança. No dia 13 de maio de 1944, por complicações deste último parto, faleceu também Madalena, com idade de quarenta e cinco anos, ao qual revela as dificuldades, e a carência de serviço médico na localidade. 
    Ficando viúvo contraiu mais tarde, 2ª núpcias com Maria Iraci Pereira da Silva, daqual nasceram mais sete filhos: Francisca Pereira, Francisca Maria, Marcos Moreira, Carlos Moreira, Ana Claúdia, além de Macário Moreira e Adriana que faleceram ainda crianças. À todos os filhos buscou encaminhar e educar, dentre eles figuram hoje médicos, professores, odontólogos e contabilistas bancários. Faleceu aos 16 de Fevereiro de 1981 aos 75 anos, sendo sepultado em sua terra natal. 

FONTES: 

Luiza Moreira de Souza, 74 anos 

Antonio Jesus de Carvalho, 67 anos

Cartório do distrito de Amaro, Assaré, folha 20

Jornal Tribuna do Ceará – Quincuncá luta por sua emancipação, 28 de setembro de 1990.

3 de junho de 2015

Biografia de José Gonçalves de Alencar - Por Guilherme Pereira

José Gonçalves de Alencar  - Cedido pela família.     
      José Gonçalves de Alencar, também conhecido como Zé Gonçalves ou Zé da Viola, nasceu no Sítio Cachoeirinha, município de Assaré, Ceará, no dia 19 de março de 1931, filho do casal de agricultores, Joaquim Gonçalves de Alencar e Francelina Maria da Conceição (Dona França), juntamente com seus irmãos: Inácia, Nerci, Antônio e Chaguinha.
   Casou-se a 1ª vez com Maria Assis, ficando viúvo muito jovem, não concebendo descendência. Em seguida contraiu 2ª núpcias com sua prima Celestina, com quem constituiu uma família de três filhos: Antônio (Tôin), Letice e Alexandre, que faleceu ainda criança. Mais tarde, o casal separou-e e José Gonçalves manteve seu último relacionamento com Dona Noemi, não gerando filhos. 

Residência de  Zé da Viola - Sítio Ribeirinha - Barreiro do Jorge. 
    Sua trajeória dedicada a poesia, aliada a sua voz potente lhe renderam também o apelido "voz de sabiá". Membro da Associação dos violeiros, poetas populares e folcloristas do Cariri, sediada na cidade do Crato, ele participou de muitos eventos locais e regionais, como aniversários, casamentos, festivais de violeiros, dentre outros, emocionando muita gente com sua voz e viola, e dividindo o palco com outros artistas do meio, apresentando-se inclusive em outros Estados do Brasil, principalmente no Nordeste, porém nunca abandonou a sua terra, o Sítio Ribeirinha, redondezas do Barreiro do Jorge na Serra do Quincuncá. Viveu sempre da agricultura, e do que obtinha com suas partipações em cantorias nas quais era convidado. 
     Sua vida foi de alto e baixos como a de todos, mas sempre resolveu os problemas e fez o que gostava de fazer: cantar. Aos 73 anos, no dia 04 de outubro de 2004, ele faleceu, deixando uma história de amor à poesia e muitas saudades aos familiares e grande legião de amigos. 
      Em reconhecimento ao trabalho desenvolvido, recebeu um calçadão em sua homenagem na sede do município, ao lado do Centro Cultural após a sua morte. No terreno em frente à residência de José Gonçalves, foi erigida ainda uma Capelinha, em honra de São Sebastião, como era de sua vontade.

Antônio Rosendo e José Gonçalves
Silvio Granjeiro e José Gonçalves


Premiação do Festival de violeiros - Farias Brito-CE.
 


Capelinha feita à pedido de Zé Gonçalves

   

Acompanhe alguns vídeos do poeta e violeiro Zé da Viola:







Veja ainda uma poesia feita pelo mesmo no Bar de Geraldo Marinho em 1973:

Eu nasci no sitio trapá , 
trabalho desde novo desde menino
sempre fui morador de Pedro Lino 
o qual tenho muita consideração 
trabalhei na faca ,na foiçe e no facão
construí uma casinha de sapé
era muito fregues de seu BIÉ
mais vivia sempre aperriado
foi no cabo da foiçe e do machado
que passei pela vida sem dá fé.

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FONTES:

Arquivos cedidos pela família, na pessoa de seu irmão Antônio Gonçalves de Alencar;
Poesia enviada por José Danúbio Bezerra Primo. 

26 de maio de 2015

Biografia de Maria Lindalva Rodrigues - Por Guilherme Pereira

Lindalva na déc. de 1990 - Cedida por Gizeuda Rodrigues. 
   Maria Lindalva Rodrigues, nasceu em 16 de março de 1922 em Quincuncá, sendo a 2ª filha do casal de agricultores, Raimundo Rodrigues da Silva (filho de "Zé Rodrigues" doador do patrimônio a  São José) e Maria Rodrigues da Silva. Tinha como irmãos: Josafá, Antônio, Marcelino, Aluízio, Maria Nilza, Antônia, além de Manoel, Agostinho e José, falecidos ainda crianças.

Lindalva Rodrigues, com cerca de 22 anos 
  Nascida no seio de uma família católica, Lindalva foi batizada pelo Padre Emílio Leite Alváres Cabral, na Capela de São José em sua terra natal, com apenas quatro dias de nascida, no dia 20 de março de 1922, tendo sido seus padrinhos: Celso Duarte Brandão e Damiana Rodrigues da Silva.
   Sua família dispunham de condições de vida um pouco melhores que os demais, porque eram proprietários de terras, mesmo assim, em épocas de estiagem prolongada passavam por dificuldades. Com a morte repentina de seu pai Raimundo Rodrigues, em 13 de julho de 1936, Lindalva na época com 14 anos, assumiu com a mãe com o compromisso de trabalhar na agricultura para prover o sustento de ambos. Décadas mais tarde veio a falecer Dona Maria Rodrigues no dia 11 de junho de 1966, quando os filhos já estavam adultos.
  Segundo depoimentos, já nos anos 1940, Lindalva Rodrigues destacava-se com sua ocupação religiosa na Igreja de São José, construída por seu avô paterno, promovendo vários eventos como as festas do padroeiro em partidos, a coroação da virgem do mês de maio, dentre outras comemorações, com o auxílio de suas irmãs Maria Nilza Rodrigues e Antonia Rodrigues. E quanto na demolição do primitivo templo e construção do atual, concluído em 1962, Lindalva foi uma das "cabeças", no que tange a arrecadação de donativos para a finalizar  a obra, um processo que levou onze anos. 

Coroação de Nossa Senhora. 31. Maio de 1978. - Cedido por Gizeuda
    No período da festa de São José no mês de março, Lindalva era a responsável por conduzir a novena, cantava e desempenhava demais atividades, principalmente de cunho religioso. No dia 16 de março data do seu aniversário ornamentava a capela com flores naturais em agradecimento a Deus e a São José pelas graças recebidas. 
    Foi a encarregada de transmitir as futuras gerações,  as manifestações culturais e especialmente religiosas, como a festa de São José por partidos, quando na ocasião dois grupos eram formados, liderados por chefes (pessoas de prestígio), dividiam-se em dois partidos, equipes chamadas azul e amarelo que disputavam quem arrecadava mais donativo, no término do festejo grande era a euforia quando o vigário anunciava o partido vencedor. Eventos como a coroação de Nossa Senhora realizada no mês de maio, lapinhas e etc, enriqueciam a cultura e a religiosidade local. 
    Era catequista, desde modo instruía jovens a participar do coral, e dar sua parcela de contribuição na realização dos eventos, especialmente na festa do padroeiro. Após mais de 40 anos de voluntario nesta instituição, esgotada de forças para administrar o cargo, em 1988, delegou essa responsabilidade para Inácia Dias, Caetano, Mazé, dentre outros. Contudo, apesar de ter feito isso, continuava a ajudar de forma reclusa em sua casa, ensaiando com as jovens os cânticos das solenidades dos santos, e sempre que a alguém a procurava pra pedir sua opinião  em relação a algo, prontamente atendia.
    Além dos relevantes serviços prestados a  Capela, Lindalva assumiu em 1959 o cargo de oficial do cartório de registro civil, perdurando até março de 1992, foi também professora  juntamente com sua irmã Maria Nilza, era agricultora e trabalhou ainda por muitos anos como funcionária na loja de seu primo, Silva Antero.
   De modo geral, era muito querida,  isto baseia-se por as várias pessoas que por ela tiveram admiração, a escolhendo como madrinha, seja de batismo, consagração e das fogueiras chamando carinhosamente de "Madinha Lindalva".
    Faleceu aos 78 anos, em 11 de novembro de 2000, é tida como uma das personalidades ilustres da terra.

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Entrevistas realizadas: 

Antônia Rodrigues;

Eulália Nali Pereira Souza;

Gracina Maria Feliciana da Conceição;

Pedro Natalício da Silva.

Fotos: Arquivo familiar. 

Outras fontes consultadas: 

Caderno de batismos de 1921-1922, folha 97 - Assaré-CE 

Livro de Tombo II, folha 97 - Farias Brito-Ce

29 de abril de 2015

A Implantação da IAM em Quincuncá


Dom Carlos Forbin Janson, (Foto internet)
    Antes de prosseguir vamos conhecer a obra, a IAM. É uma sigla e significa Infância e Adolescência Missionária, por que as crianças são as protagonistas do trabalho, educam os pequenos no crescimento da fé numa dimensão universal,  foi fundada por Dom Carlos Forbin Janson, Bispo de Nancy- França em 19 de maio de 1843, este exemplar bispo sempre se interessou com a situação das crianças principalmente chinesas e teve a inspiração de convocar crianças católicas para se organizarem com o  objetivo de ajudar crianças e adolescentes nas mais tristes situações, por gestos de solidariedade.
    Então Dom Carlos, conversou com Paulina Jericot, ela quando jovem tinha dado início a obra da propagação da fé, ouvindo o plano do bispo apoiou a ideia dele, e expressou o desejo de se alistar sendo a primeira associada para divulgação da obra.
    Dom Carlos, convocou as crianças e propôs  que as mesmas ajudassem outras crianças recitando uma Ave-Maria no dia e doando uma moeda por mês, desse modo surgiu a Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionaria, Embora tenha nascido para socorrer as crianças chinesas abriu seus horizontes para o mundo inteiro, o resgate ao batismo,o sustento e a educação dos jovens que não conhecem a Jesus, foram sempre os objetivos desta obra, prestar socorro materiais, morais, intelectuais e religiosos a todos.
    Infelizmente esgotado de suas atividades, sua saúde não resistiu vindo a falecer no dia 11 de Julho de 1844 nesta época obra estava difundida em 65 Países. Hoje a IAM está presente em todos os continentes e em mais de 130 Países.
    Em 1922 o Papa Pio XI a declarou Pontifícia ou seja pertence ao papa e portanto de toda a igreja. Os encontros iniciam-se com a saudação "De todas as criança do mundo...sempre amigos!!


Fundação Quincuncá..


    Com o falecimento do Pe. José Coringa e a nova administração da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição pelo Pe. Adalmiran Silva de Vasconcelos, percebendo a necessidade de uma evangelização, convidou o jovem Francisco Guilherme para coordenar o grupo em maio/2012, e convidou também Vanessa Pereira Silva para ser assessora do grupo, ambos os dois aceitando o convite, fizeram uma reunião para melhor conhecimento da obra e logo em seguida realizaram a divulgação na comunidade.
     No dia 09 de Junho de 2012, implanta-se a IAM - Infância e Adolescência Missionária no referido distrito, neste encontro conheceram compromissos  e finalidades, da obra, todos aptos a "evangelizar com o seu próprio exemplo de vida" inicialmente escolheram o nome do grupo para : "Criança feliz, Jesus também" mas por motivos maiores foi mudado para "Crianças semeando o Cristo" em setembro de 2012.

1º  Grupo Iam Quincuncá-CE (Missa dos grupos na paróquia)



Coordenador Guilherme e Assessora Vanessa.
     Vários movimentos são realizados pelas crianças, juntas aprenderam a servir aos irmãos, baseado no exemplo de Jesus Cristo. Depois de 02 anos e 07 meses de trabalho o coordenador Francisco Guilherme deixou o cargo por motivos maiores e confiabilizou aos participantes Cleila Henrique e Edcarlos Hércules sob a assessoria de Vanessa Pereira Silva, dando continuidade ao trabalho evangelizador.

Novos coordenados do grupo Iam Quincuncá (a esquerda Edcarlos, a direita Cleila)
   Os encontros acontecem uma vez por semana, as crianças cantam, brincam, realizam trabalhos em equipe, faz leitura Bíblica e reflexão e gestos de solidariedade como visita os idosos, sendo que a primeira dela foi realizada em Novembro de 2012 na residência de Dona Eulina. (Dona Lina).


Visita Missionária
    É um trabalho que redireciona as crianças, jovens a trabalhar em unidade com o próximo, aqui "Criança evangeliza Criança". 


Para mais informações acesse: https://www.facebook.com/Grupo.Iam.Quincunca?ref=hl

Acompanhe o vídeo:







 Referências bibliográficas:
http://garotada-diretrizes.blogspot.com.br/2009/01/o-que-infncia-e-adolescncia-missionria.html acesso em 29 de Abril de 2015

Vídeo, foto do autor - Facebook Iam Quincuncá.