Zé Dias aos 102 anos. Foto capturada pelo seu neto, Allex Silva em jan/2011. |
José Dias de Santana, apelidado de Zé Dias, nasceu no Sítio Genipapo, zona rural do município de Assaré, Ceará, no dia 18 de setembro de 1909, filho de João Dias de Santana (ou da Fonseca Filho) e Etelvina Maria da Cruz "Dona Tortinha".
Filho de agricultores, sua infância não foi muito diferente dos que nasceram na mesma época. Ao que se sabe ficou orfão ainda criança, e apesar da pouca idade teve que trabalhar no roçado junto com seus irmãos, para prover o sustento da família.
Neto do Paraibano, João Dias da Fonseca e Silva, ele foi o penúltimo de uma linhagem de dezesseis irmãos, por seu genitor ter contraído matrimônio três vezes: A primeira com Inês Maria de Jesus, falecida em 1898, da qual nasceram sete filhos: Antero (1884-1975), Manuel (1886-1904), Antônia (1888-1919), Maria Teresa (1889-1936), Gertrudes (1891-1975), Inês (1896-1950) e João (1897-1949). Da segunda união com Maria Theresa de Jesus, falecida em 1903, descenderam três filhos: João Dias "Neném" (1900-2000), Maria das Dores (1901-2001), e José Dias "Zezim" (1903-1995), e finalmente com Etelvina, sua última conjuge, da qual provinieram mais cinco filhos: Arthur (1904-1996), Odilon (1907-2001), Abdoral Dias (1908-?) e João Dias (1915-2005).
Quando ainda jovem, Zé Dias conheceu o Padre Cícero Romão Batista, famoso por protagonizar com a Beata Maria de Araújo, o suposto milagre da hóstia, em uma de suas várias visitas ao Distrito de Quincuncá. Esse fato era motivo de muito orgulho para ele, que gostava de compartilhar todos os detalhes desse dia.
Em 23 de junho de 1936, casou-se com Antônia Gonçalves da Silva "Tontonha", que após o matrimônio passou adotou o nome de Antônia Dias da Silva (*29/05/1916 - 23/06/2021). O casal teve vinte filhos, dos quais oito deles faleceram ainda crianças, vítimas de doenças e da própria falta de assistência médica no período. Restaram desta forma doze filhos: Valdeíde, Abdoral, Risalva (in memoriam), Antônio, Albertina, Adélia, Isabel, Osmaria, Arnon, Fátima, Nazaré e Orlando (in memoriam).
Sua família teve origem no Sítio Jibóia, em Assaré, terra de sua esposa, e posteriormente estabeleceram moradia em Quincuncá, episódio que aconteceu no ano de 1948. Na época moraram poucos meses em casa alugada, posteriormente construindo a residência do casal na rua atualmente denominada de Raimundo Rodrigues.
Sempre trabalhando na agricultura, além de ser proprietário de terras, e de uma aviamento de farinha, fato que lhes trouxeram muita fartura, Zé Dias foi nomeado em 22 de abril de 1950, para o cargo de subdelegado de Quincuncá.
Chegada do aniversariante e seus familiares na Igreja de São José, onde foi celebrada Missa. Foto: José Pinheiro Cazuza - 15/09/2009. |
Em 18 de setembro de 2009, a comunidade de Quincuncá assistiu com júbilo as comemorações do seu centenário, ocasião que reuniu centenas de familiares e amigos. A programação contou com uma Missa em ação de graças na Igreja de São José, seguido de uma recepção na Escola Cosmo Alves Pereira.
Faleceu no dia 26 de fevereiro de 2013 com impressionantes, 103 anos, 05 meses e oito dias, sendo sepultado no Cemitério Padre Cicero.
Recebeu três homenagens póstumas: A primeira vez pela E.E.F Cosmo Alves Pereira que o escolheu como temática para apresentação no festival de Quadrilhas; A segunda vez, em 30 de novembro de 2013, durante a festa da padroeira do município, que tinha por intuito prestar um tributo as pessoas vivas e já falecidas, que são ou foram exemplos de fé e esperança, e por fim, em 2019, quando sua biografia foi difundida na Revista Personalidades Fariasbritenses daquele ano.
Muito bem, saber das origens da família Dias, a qual faço parte, meu saudoso pai falava muito nestes parentes, Dias e Alcântara
ResponderExcluirCada dia mais me supriendo com as histórias dos conterrâneos.
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