29 de maio de 2021

Família Dias se regogiza pelos 105 anos da matriarca Dona Tontonha em Quincuncá.

Antônia Dias, vulgo Tontonha - Cedida pela família. 
ANTÔNIA DIAS DA SILVA - 105 ANOS DE EXISTÊNCIA. 

   Natural do Sítio Jibóia, município de Assaré-CE, Antônia Dias da Silva, ou simplesmente "Dona Tontonha" como é conhecida, é filha de Antônio Gonçalves de Morais e Isabel Dias da Silva, tendo nascido em 29 de maio de 1916, portanto, completando nesta data 105 anos.

   Em 24 de junho de 1936, noite de São João, casou-se com José Dias de Santana "Zé Dias" (falecido em 2013, com 103 anos), tendo um total de vinte filhos, dos quais doze chegaram a idade adulta: Valdeide, Abdoral, Antônio, Risalva (in memoriam), Albertina, Adélia, Isa, Osmaria, Fátima, Arnor, Nazaré e Orlando (in memoriam). 

Dona Tontonha ao centro, ladeada por dez filhos, 2016 - Cedida pela família. 

    Após o matrimônio continuou habitando em sua terra natal, até que anos mais tarde mudou-se com a família para o Distrito de Quincuncá, onde reside até os dias atuais, na mesma casa que se estabeleceu há mais de 70 anos.

   Ao longo desses 105 anos, Dona Tontonha vivenciou muitos fatos, como a pandemia da gripe espanhola, registrada entre 1918 e 1920, que ceifou centenas de vidas em todo o mundo; A seca de 1919 e as demais que se seguiram, com destaque para as de 1932 e 1958; A chegada do primeiro caminhão a subir a Serra do Quincuncá em 1954; A implementação da energia elétrica em 1977, dentre outras inovações e acontecimentos, impossíveis aqui de enumerar.

   Parabéns por tão grande dádiva, Dona Tontonha! Sua descendência atualmente composta por 10 filhos, 62 netos, 68 bisnetos e 08 trinetos, saúdam por essa data histórica, louvam e agradecem ao Criador por mais um ano em nosso meio. 

27 de maio de 2021

Memória fotográfica: Caminhada Mariana da residência de Maria de Lourdes à Igreja - Maio/1989.

Caminhada Mariana - 27/05/1989 - Cedido por Maria de Lourdes | Arquivo BQ

     Fotografia capturada no patamar da Igreja de São José, em Quincuncá, no dia 27 de maio de 1989, há exatos 32 anos. 

   Na época durante todo o mês de maio, era costume que a imagem da Virgem Maria, peregrinasse pelas residências da comunidade, em preparação a coroação realizada no derradeiro dia do mês. 

    Nesta fotografia em específico, registra-se a chegada da "Caminhada Mariana", à Igreja, que entre a noite do dia 26 e 27 daquele ano, visitou a família da Sra. Maria de Lourdes Pereira Silva.

   Na imagem foram identificadas as seguintes pessoas, da esquerda pra direita: Maria Auxiliadora, Jó (Irmã de Dona Nêm), Franceone, Ritinha, ao centro Maria de Lourdes portando a escultura da Santa, em sequência Nilzinha, Leoniza com Marysa ainda criança nos braços, Gracinha Bezerra e Cícera de Vilanir. 

26 de maio de 2021

Apelo aos Quincuncaenses: Respeito as medidas sanitárias de prevenção a Covid-19.

Imagem capturada por drone por José Grasueldo Menezes. 

    Viveremos dias melhores, Quincuncá! Enquanto isso vamos fazer nossa parte, respeitando o distanciamento social, fazendo a devida higiene das mãos,e quando for sair não se esqueça da máscara, afinal nossa única arma no momento é a prevenção, já que a vacinação caminha a passos lentos 

    Subscrevo-me,

Guilherme Pereira - Autor e administrador do Blog de Quincuncá

Para tentar conter o avanço da pandemia, Governo Municipal de Farias Brito decreta lockdow a partir desta quarta, 26.

                 

                         
                  
                         
                         
                    

    Sendo o maior veículo de comunicação da Serra do Quincuncá, atualmente com 5648 seguidores na fanpage no Facebook e mais de 130.000 mil visualizações na internet, sinto-me no dever de como cidadão e administrador do Blog de Quincuncá, anunciar as medidas tomadas pelo poder executivo do município de Farias Brito, para conter o avanço da pandemia da Covid-19.

      A partir das 00:00 desta quarta, 25 de maio até a próxima quarta, dia 02 de junho de 2021, nossa cidade estará em lockdow, o estado de isolamento social mais rígido. A ação se faz necessária considerando o número crescente de infectados e óbitos registrados nos últimos dias.

Entre algumas medidas do decreto nº 474, enumero as seguintes:

01 - Multa de R$50,00 a pessoas físicas que transitarem em espaço público, sem comprovada necessidade;

02 - Lojas de serviços não essenciais deverão permanecer de portas fechadas, com atendimento somente via delivery;

03 - Proibida a comercialização de bebidas alcoólicas; 

04 - Fica suspenso o transporte coletivo entre a sede e distritos, bem como o embarque e desembarque de passageiros (ônibus, topics e afins);

05 - Ficam suspensas as celebrações presenciais em templos religiosos, mas permitido o direito de transmissão via interner; 

Vamos todos zelar pela vida! Faça a sua parte e não aglomere.

Atenção: Denúncias de desrepeito a este decreto devem ser encaminhadas imediatamente a Secretaria de Saúde no Wthatsapp (88) 9 9697 2268, que tomará as medidas cabíveis.           

25 de maio de 2021

Nota de pesar pelos falecimentos de Esperança Ferreira de Souza e Francisco Pereira da Silva - Vila Umari

Homenagem à Preta e Chico da Terci pelo BQ - Fotos: Cras Quincuncá/David Moraes
    O Blog de Quincuncá se solidariza com as famílias de Esperança Ferreira de Souza (Preta de Antônio Velho) e Francisco Pereira da Silva (Chico da Terci). Ambos eram moradores da Vila Umari na Serra do Quincuncá, e vieram a falecer hoje, 25 de maio de 2021. Informações preliminares indicam que teriam sido vítimas de complicações da Covid-19. 

22 de maio de 2021

Entre a Farmácia São José e o magistério: A atuação dos Andrade Arraes em Quincuncá - Por Guilherme Pereira

Dona Carmelita e Seu Abelardo | Acervo da família.
(Obs: Para melhor ajustar o anexo de compartilhamento, evitando a modificação da imagem, foi necessário a adição de duas bordas brancas, algo que fica perceptível, caso clique para visualizar). 

    Desde a época que se resumia a um pequeno aglomerado de casas, em torno da fazenda Araticum, de propriedade de José Rodrigues da Silva e Ana Maria de Jesus, Quincuncá foi sendo habitada ao longo dos anos por várias famílias, provenientes de diversos lugares, que aqui se estabeleceram por motivos distintos, mas em busca de um objetivo comum: uma vida melhor. 

   Algumas destas famílias estão em evidência morando na comunidade até os dias atuais, enquanto outras, por consequência do destino seguiram outros rumos, como foi o caso da família ANDRADE ARRAES, representadas nas pessoas de Abelardo de Andrade Arraes e Maria Carmelita Viana Arraes. 

   Antes de prosseguir nesta história, se faz necessário compreender o contexto que o distrito estava inserido. Na época apenas os grandes centros urbanos dispunham de uma maior cobertura no que tange a assistência em saúde, ao tempo que as demais localidades padeciam com a sua inexistência. Para aliviar as dores, as pessoas concentradas em áreas desassistidas pelo governo, como Quincuncá, recorriam a sabedoria popular no preparo de chás e garrafadas, ou as recomendações de "médicos", como o Sr. Augusto Moreira e Francisco Ferreira Siebra, ambos farmacêuticos. O primeiro trabalhava na sede do município de Farias Brito-CE, distante mais de 10km de Quincuncá, e o outro no distrito de Cariutaba, tornando tudo mais difícil pra quem já estava doente, já que o único meio de locomoção era a pé ou em lombo de animais. 

Chico Siebra e Neusa - Arquivos do Centro Cultural de Farias Brito.

   Em julho de 1947, Francisco Ferreira Siebra "Chico Siebra" e Francisca Neusa de Alcântara, mudaram-se para Quincuncá, acontecimento que alegrou aos moradores que não teriam mais que se dirigir a outros lugares em busca de tratamento, mas como diz o ditado "alegria de pobre dura pouco", o casal habitou pouco mais de um ano, retornando novamente para Cariutaba, em dezembro de 1948, deixando a comunidade mais uma vez isolada, sem qualquer farmacêutico em atendimento.

   Esse fato só veio mudar em 1951, quando Abelardo de Andrade Arraes e Maria Carmelita Viana Arraes, transferiram-se com sua família de Granjeiro, para a pacata povoação de Quincuncá à convite do Sr. João Antero da Silva "Silva Antero", (1913-1980), que na época era prefeito do antigo Quixará (hoje Farias Brito-CE). 

   Abelardo de Andrade Arraes por sua vez, nasceu em 05 de fevereiro de 1911, filho de Vicente Andrade Arraes e Maria de Araújo Arraes "Biliu", natural do antigo distrito de São Domingos, hoje denominado de Quixariú, em Campos Sales-CE, tendo ainda parentescos no município de Araripe. Já sua esposa, Maria Carmelita Viana Arraes, nasceu em 30 de abril de 1914, em Saboeiro-CE, filha de Nicolau Viana Arraes e Balbina Pedroza Viana Arraes "Dona Pedrozinha", possuindo familiares em Brejo Santo-CE desde idos de 1898. 

Casamento de Carmelita & Abelardo, 1936 - Cedido por Fátima Arraes. 

  O casal uniu-se em matrimônio no ano de 1936, em Brejo Santo, tendo treze filhos: Maria Ariluce (1939), Margarida Maria (1940), Maria Gracildes (1942), José Viana (1944), José Valdísio (1945), José Valdênio (in memoriam), Francisco Assis (in memoriam), (1949), Júlio Cesar (1952), Maria de Fátima (1953), Antônia Elba (1955), Joana D' Arc Arraes (1957), Otávio Augusto (1958), Antônio Achilles (1960), dos quais os últimos cinco de naturalidade Quincuncaense, com exceção de Antônio Achilles. 

Painel com fotos e anos de nascimento dos filhos do casal - Cedido por Gracildes Arraes.

    A princípio este casal morou na residência que pertenceu ao Sr. Joaquim Ferreira dos Santos "Seu Quinco", na Rua José Rodrigues, ao lado da Igreja, e em sequência edificaram uma na Rua Antero Rodrigues, onde hoje habita e comercializa Laurécia Rodrigues (antigamente situava-se a residência de Celso Pereira). De forma  honesta, Abelardo de Andrade continuou seu trabalho a frente da "Farmácia São José", estabelecimento que já possuía o mesmo nome, em Junco, atual Granjeiro, e ao migrar para o Quincuncá coincidentemente homenageou ao Padroeiro.

   Antes de se dedicar à farmácia, Abelardo foi militar, alcançando o posto de 1º cabo do 23º batalhão de Caçadores, em Fortaleza, promoção que é registrada no Jornal "A razão", de Fortaleza, Ed. 197, p.1, de janeiro de 1937. 


Acervo de Silva Antero - Digitalizado por BQ
No verso da original consta agradecimento a Silva
Antero, assinatura de Aberlardo e data 17/08/1952.
Jornal "A voz dos práticos", Ed. 11, Fortaleza, jan. 1952. 

 

    O Jornal "A voz dos práticos", de Fortaleza, edição nº 07, de outubro de 1950, aponta Abelardo em Granjeiro como um dos 37 convocados para integrar a 3ª turma de oficiais de farmácia na Capital Cearense. O mesmo jornal  em edição posterior, de janeiro de 1952, o menciona como classificado em 6º lugar nos exames. 

   Na fotografia acima, remetida à Silva Antero, Abelardo escreve que sua formatura deu-se em 30 de novembro de 1951, quando conquistou a sonhada diplomação na Faculdade de farmácia e odontologia do Ceará, curso que só veio acrescentar em sua atuação. Como farmacêutico, fazia consultas e prescrevia medicamentos, oferecendo a comunidade uma vasta gama de medicações, adquiridas em laboratórios, além de outros manipulados, fabricados por ele próprio. Mais tarde, também foi instruído por Dr. Lucena que hospedava-se em sua casa, para extrair dentes, função que largou tempos depois. 

    O exercício da profissão aliado ao seu bom relacionamento com os moradores logo transformaram Seu Abelardo uma das pessoas mais conhecidas da região, sendo procurado não só pelas pessoas do Distrito, mas por moradores de sítios circunvizinhos. Sua idoneidade pode ser notada no livro de tombo da Paróquia de Farias Brito, quando seu nome figura como secretário na comissão encarregada pelos trabalhos de reconstrução da atual Igreja de São José, concluída em 1962. 

      Se Abelardo de Andrade conquistou reconhecimento na saúde, sua esposa, Maria Carmelita destacou-se igualmente na educação. Vinda de uma família de educadores, bisneta de Balbina Lídia Viana Arraes, a 1ª professora pública de Brejo Santo, Dona Carmelita desempenhou o magistério por vários anos na instituição pública Escolas Reunidas de Quincuncá, hoje denominada E.E.F Cosmo Alves Pereira, sendo também a primeira alfabetizadora de seus filhos. 

   Conhecida por seu jeito meigo, Dona Carmelita alavancou muitos sonhos e transformou realidades, incutindo em seus alunos os frutos doces que a educação pode gerar. Contribuiu diretamente na formação de muitos hospedando em uma casa de sua propriedade no Crato, vários filhos da terra que desejavam ir mais longe no estudo. Por todos esses serviços prestados, o casal gozava então de muitas amizades e de profundo respeito. 

     Nos anos 1980, com a justificativa de prestar uma maior assistência ao estudo dos filhos, Dona Carmelita mudou-se para o Crato, ficando o esposo em Quincuncá como responsável da farmácia. Na época, quem ficou encarregada de preparar a comida e zelar de suas roupas, foi a Sra. Joana Roque, apelidada de "Joaninha Lavadeira", doméstica que há décadas prestava serviços a família, desfrutando de total confiança desta. 

 "Joaninha Lavadeira". -Cedido por Dona Maria Gracina

   Após algum tempo, por problemas de saúde, Seu Abelardo decidiu migrar para o Crato, ficando em companhia da esposa, encerrando desta forma sua atividade farmacêutica em Quincuncá. Faleceu aos 76 anos, em 26 de abril de 1987, e já Dona Carmelita, em 22 de maio de 1996, aos 82 anos, deixando ambos muitas saudades. 

   Desde esse acontecimento, nenhum descendente dos "Andrade Arraes" habita mais na comunidade. O que restaram foi só lembranças, que o tempo infelizmente vai se encarregar de esquecer. Em contrapartida, a publicação deste artigo teve por intuito ressaltar essas memórias, registrando-as para a posteridade.

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FONTES: 

Fontes escritas: Jornais (Hemeroteca Digital) & outros: 
A razão: independente, político e noticioso. Ed. 197, Fortaleza, 17 de janeiro de 1937, p. 1
A terceira turma. A voz dos práticos. Ed. 07, Fortaleza, outubro de 1950, p. 4. 
A terceira turma. A voz dos práticos. Ed. 11, Fortaleza, janeiro de 1952, p. 2. 
Livro de Tombo I p, 56 verso - Paróquia N. Sra. da Conceição - Farias Brito-CE. 

Fontes orais: 

Entrevista com Maria Gracildes Andrade Arraes, professora aposentada e filha do casal, em 01 de março de 2018;

À Elba Arraes, filha do casal, um agradecimento pelos dados biográficos e demais contribuições na escrita desse artigo.


Websites consultados: 

JUNIOR, Roberto. O casarão dos Vianna Arrais, um lar de saberes e ensinamentos. Cariri das antigas, 22 de set. de 2019. Disponível em: <https://cariridasantigas.com.br/o-casarao-dos-vianna-arrais-um-lar-de-saberes-e-ensinamentos/> Acesso em 16 de maio de 2021. 

Campos Sales. IBGE. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/campos-sales/historico> Acesso em 16 de maio de 2021.

*Artigo atualizado em 29 de junho de 2021, com a inclusão da foto do casamento. 

Nota de pesar pelo falecimento do Sr. Jordão Oliveira "Dão"

Jordão Oliveira - Reprodução Facebook
É com profundo pesar, que cumpro o dever de comunicar o falecimento do Sr. Jordão Oliveira, ocorrido na noite de ontem (21), vítima de complicações da Covid-19, motivo pelo qual já foi sepultado nesta madrugada.

Dão como era conhecido, era filho de Dona Antônia Bezerra de Oliveira (80 anos), sendo irmão de Nenêm Antero (vereador por consecutivos mandatos). Por vários anos, ele trabalhou fazendo o transporte de passageiros de Quincuncá à sede do município de Farias Brito.

Casado com Auxiliadora Vieira "Dorinha", deixa quatro filhos: Laércio, Leando, Laurécio e Layane.

Em nome da comunidade Quincuncaense, manifesto à família nossas condolências pela perca. Que Dão possa descansar em paz!

19 de maio de 2021

Felicitações a Sra. Maria Iva Dias pela passagem dos seus 65 anos

Iva Dias - Reprodução Facebook

   Registro nesta data o aniversário de uma das seguidoras mais fiéis do Blog de Quincuncá, que mais se entusiasmaram pelo retorno das publicações. Estou falando da Sra. Maria Iva Dias, que hoje celebra 65 anos.

   Filha de Furtuoso Dias de Alcântara e Francisca Maria de Jesus (Dona Chiquinha), ambos falecidos. Iva nascem em Quincuncá em 1956, sendo a mãe de quatro filhos: Robério, Rosimeire, Cícero e Rosivânia.

   Residente na Rua Aderson Holanda, ela realiza trabalhos de bordado em ponto cruz, mas antigamente também desenvolvia artesanatos a base de argila. 

     Em nome da Comunidade, receba as felicitações de muita saúde e paz! 

18 de maio de 2021

Memória fotográfica: Casamento de Alda & Mandu Holanda - 1963.

Acervo de Silva Antero 
     Fotografia capturada em 26 de julho de 1963, na Capela do Colégio Sto. Inácio em Juazeiro do Norte-CE, por ocasião do casamento de Maria Aldenice Silva Holanda "Alda" e Manoel Mandu Holanda. 
     Ela, nascida em Assaré-CE, filha de José Antero da Silva "Zuza" e Maria Alves de Assunção, e ele, nascido na Serra do Quincuncá, filho de Cornélio José de Araújo e Maria Francisca de Souza.
    Nesta imagem do acervo de Silva Antero, digitalizada pelo Blog de Quincuncá, os noivos Alda e Mandu estão nas duas extremidades. Ao centro, uma das madrinhas do casório e também mãe adotiva de Mandu, a Sra. Maria Francisca de Holanda "Dona Cotinha". 

17 de maio de 2021

Felicitações ao Sr. Sitonho do Belo, pelos seus 76 anos de existência.

Sitonho do Belo - Foto enviada por Vanderlanya Pereira

  Registro nesta data, o aniversário de 76 anos, do Sr. Antônio Gonçalves de Moraes, mas conhecido como "Sitonho do Belo".

  Filho de Berlarmino Gonçalves de Moraes e Gertrudes Moreira da Silva, Sitonho do Belo como é conhecido, foi comerciante durante muitos anos na Vila Umari, Serra do Quincuncá.

  Casado com Vanderlanya Pereira, é pai de três filhos: Olegário, Crison e Mirelly. 

16 de maio de 2021

Nota de pesar pelo falecimento de Maria Vilanir de Souza

Vilanir, em foto enviada pela filha Claudiana. 

      Comunico o falecimento da Sra. Maria Vilanir de Souza, ocorrido na data de hoje (16/05), em São Paulo, vítima de câncer, aos 69 anos. 

     Nascida no Sítio Tabuleiro na Serra do Quincuncá, filha de Pedro Estevão e Maria Cecília de Jesus, Vilanir foi casada com José Dias de Alcântara, sendo a mãe de quatro filhos: Maria, José, Claudiana e Eliane. 

    Em nome da comunidade, manifesto à família, sinceros sentimentos de pesar. Que Vilanir descanse em paz! 

Felicitações a Maria de Aluízio, pela passagem dos seus 89 anos.

Maria de Aluízio em registro de 08/2019, pelo BQ

     Registro hoje (16), o aniversário de 89 anos da  Sra. Maria Adélia da Silva, mas conhecida como "Maria de Aluízio". 
   Várzea-Alegrense de berço, Dona Maria habitou na Rua do Cruzeiro em Quincuncá de 1960, ano de seu casamento com Aluízio Rodrigues da Silva (in memoriam), até 1982, quando retornou para sua terra natal. 
   Mãe de nove filhos: Raimundo (in memoriam), João Nilton, José Ailton (in memoriam), Maria Socorro, Antônia Leide, Francisca Aurileide e Antônio, falecido ainda criança, todos nascidos em nossa comunidade, ela recebe nesta data a homenagem do Blog de Quincuncá. 

14 de maio de 2021

Memória fotográfica: Antônio Tânio de Moraes em foto na Barragem de Quincuncá - 1975

Antônio Tânio em foto na Barragem - Cedido pelo mesmo.  
Antônio Tânio de Moraes, filho de Dona Mirtes e Cícero Leal, na famosa pedra da Barragem de Quincuncá, em registro do ano de 1975. 

10 de maio de 2021

Memória fotográfica: Padre Wilton Leite e seus amigos - Déc. 1970/80.

Pe. Wilton e amigos - Dec. 1970/80 - Acervo do PW
Imagem ampliada de monóculos do acervo do Pe. José Wilton Leite, vigário de Farias Brito entre 1972 a 1984. Da esquerda pra direita: Antônio do Padre, Jesus Militão, Padre Wilton e Eládio Nunes. 

9 de maio de 2021

Homenagem ao dia das mães 2021

Durica Moreira, em foto capturada pelo Blog de Quincuncá - 09/05/2021

Em nome de TEODORICA MOREIRA DE SOUZA, saúdo a todos as mães em especial as da Serra do Quincuncá, pela passagem do seu dia. 

Nascida em 03 de fevereiro de 1946, tendo assim 75 anos, "Durica" como é conhecida é filha de Gertrudes Gonçalves da Silva & João Timóteo dos Santos. Mãe de cinco filhos: Maria, Socorro, José, Antônio e Neuda (in memoriam). 

6 de maio de 2021

Memória fotográfica: Visita de Dom Newton à Igreja de São José - Out/1980

Visita pastoral de Dom Newton - Out/1980 - Cedido por Durica Moreira

Registro feito em outubro de 1980, há 41 anos, quanto da visita do Bispo auxiliar e vigário geral da Diocese de Crato, Dom Newton Holanda Gurgel à Igreja de São José em Quincuncá.
Da esquerda pra direita: Dom Newton, Luíza Moreira, Graça de Josino, Padre Wilton e seus pais Alurinda Leite e João Antônio. Além das crianças: Zinha Arraes, Neuda Moreira, Cícero Arraes e Nilma Rodrigues. A outra criança no canto direito não foi identificada.

3 de maio de 2021

Biografia de Leonardo Pereira e Silva, o 1º vereador eleito da Serra do Quincuncá - Por Guilherme Pereira.


    Leonardo Pereira e Silva, nasceu em Quincuncá no município de Farias Brito-CE, no dia 03 de maio de 1910, filho do comerciante Celso Pereira da Silva (1870-1953), e da doméstica, Gertrudes Gonçalves da Assumpção (1874-1939). 
  Teve como irmãos legítimos: Olegário Pereira (Vigário), Antônio Soleano, José Celso, Herculano Pereira, Antônia Pereira, Maria Gonçalves (Bâna), Maurícia Pereira e Francisca Pereira. Com o falecimento de sua genitora em 1939, seu pai contraiu matrimônio com a Sra. Maria Bárbara da Conceição com quem teve mais quatro filhos: Eulália Nali, José e Antônia Pereira, além de uma menina que faleceu ainda criança, totalizando assim  onze  irmãos.  Leonardo não frequentou escola formal, foi alfabetizado por um professor que andava pelo Quincuncá, com ele aprendeu a escrever seu nome e ler um pouco. Mais tarde sua filha Auremar é quem ministrou aulas.

Registro de abril de 1985. À esquerda, Leonardo já na velhice, acompanhado à direita da esposa Dona Dengosa, do filho José "Baiá", da cunhada Valdelina e da neta Danielle - Foto cedida por Evaldo Pereira. 
 
      Por volta do final da década de 1920 e início de 1930, casou-se com Maria Dengosa Leite (nascida em 12 de set. de 1912  e  falecida em 09 de out de 2002, filha de Antonio Joaquim de Sousa e Joaquina Francisca de Sousa), com quem teve dez (10) filhos:  Antonio Dorgival Leite (1931-1952), José Pereira e Silva (Baiá), João Pereira Leite "João Batista", Maria Socorro Pereira, Antônio Humberto Leite (1949-1978), Celso Pereira Leite, vivos restam apenas quatro: Antônio Pereira "Tutonho" (1941), Antõnia Auremar "Bemar" (1946); Francisco Eurides (1952) e Evaldo Pereira (1953). 
   Assim como o pai Celso Pereira, Leonardo exerceu a profissão de comerciante provavelmente entre as décadas de 1940 a início dos 1970. A princípio começou com uma loja de tecidos e depois migrou para uma mercearia, vendendo artigos de miudezas e cereais. Com o advento da aposentadoria ele encerrou seu comércio e agora passou a lidar com terras e cabeças de gado, constituindo-se em um grande proprietário.
      Muito conhecido e admirado em seu tempo, Leonardo foi eleito vereador a primeira vez nas eleições de 1950, atuando na legislatura de 31/01/1951 - 25/03/1955. Terminado o mandato foi eleito novamente em 1954, legislando de 25/03/1955 – 25/03/1959. Durante esse período (1956-1957), exerceu cargo de presidente da Câmara de Vereadores de Farias Brito, então Quixará. Posteriormente candidata-se a vereador pelo partido PSD (Partido Social Democrático), nas eleições de 1958,  onde obtém  a quantia de 256 votos, e é novamente eleito, exercendo mandato de 25/03/1959 – 25/03/1963. Em 1962 novamente é eleito presidente da Câmara de vereadores. 
    Em todo esse período que legislou, Leonardo fazia uso de um cavalo como meio de locomoção para percorrer os 12km de sua casa até a Câmara Municipal na sede do município. Na época também não recebia salário, isso porque antes da lei complementar nº 25, de 02 de julho de 1975, inexistia renumeração para o exercício do cargo, pelo contrário, os vereadores gastavam do próprio bolso, para ajudar a quem a eles recorressem. 
       No aspecto religioso, Leonardo teve uma participação considerável na construção da atual Capela de São José, sendo o tesoureiro da obra. Sempre colaborava nas festas do padroeiro, além de hospedar em sua residência ou em outra casa de sua propriedade, pessoas que vinham de outros lugares para participar das festividades. Na época do paroquiato do Pe. Raimundo Nonato Dias (1948-1960), foi também responsável por buscar  (ou  mandar buscar), os padres em Farias Brito, já que na época as estradas eram íngremes,  e o único meio de transporte era a pé ou no lombo de animais. Seu filho Antonio Pereira Leite (Tutonho), assim lembra desse fato.
"Foi, muitas vezes, eu ia com animal pra trazer o pade de Farias Brito pra cá, na minha época era padre Nonato, nois levava os animais pra ele vim muntado, ele, o sacristão, ia eu e um rapaz daqui com três animal, chegava lá, o padre vinha montado em um, o sacristão em outro, e eu mais o rapaz que ia em outro". (Entrevista concedida em Junho.2017 ao Blog de Quincuncá).
       Faleceu aos 76 anos, no dia 25 de junho de 1986, sendo sepultado no Cemitério Padre Cícero em Quincuncá, sua terra natal. 
   

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FONTES:

Eleições 1958: Resultado. Tribunal Regional Eleitoral do Ceará. Fortaleza, 2001, fls 31. Disponível em: < http://apps.tre-ce.jus.br/tre/download/Eleicoes%201958.pdf> Acesso em 08 de outubro de 2017;

MENEZES, Cícero Duarte de. Memórias de Quixará, 2002, p. 47,48, 55, 70;

Livro de Tombo I, p.56. "Plano de elaboração dos trabalhos de reconstrução da Capela de São José". Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Farias Brito-CE;

2ª via Certidão de óbito de Leonardo Pereira e Silva e Maria Dengosa Leite - Cedido por Evaldo Pereira - Filho do casal. 

Entrevistas:
Antônio Pereira Leite, (Tutonho), agricultor e comerciante aposentado e ainda pecuarista com 76 anos. - Filho do casal -;

Antônia Auremar Pereira (Bemar), professora aposentada - Filha do casal; 

1 de maio de 2021

As festas que não deram certo: A mudança da data dos festejos de São José no Quincuncá - Por Guilherme Pereira

Festa de São José no início dos anos 1970. Percebe-se a quantidade expressiva de fiéis.
(Registro ampliado de monóculos, cedido por Diva Rodrigues)

   Desde a fundação do primeiro orágo dedicado a São José pela família Rodrigues em 1896, a tradicional festa do Padroeiro do Distrito de Quincuncá, município de Farias Brito-CE, sempre foi muito conhecida pela participação expressiva de fiéis. Registros fotográficos do início dos anos 1970, já atestam esse acontecimento.  
    Esta participação não se resumia simplesmente aos habitantes da localidade, pessoas oriundas de vilas e sítios ao entorno, e até de povoados mais distantes frequentavam (e frequentam) as festividades para participar dos atos religiosos, como novenas e Missas, e também sociais, como leilões e quermesses. Eventos muito aguardados pela comunidade, sobretudo nos tempos passados, já que era a única vez no ano que se recebiam tantos visitantes ao mesmo tempo, alterando a rotina do pacato vilarejo. 
   Ao longo desses 125 anos de história muita coisa mudou, à começar pela forma de se festejar, caracterizada por partidos, desde as pessoas que organizavam e frequentavam. Enfim, tudo passou por mudanças sucedidas pela própria lógica temporal. Um fato interessante que as gerações mais novas certamente desconhecem, é que a festa de São José, nem sempre foi realizada no dia 19 de março como nos dias atuais, houve uma época em que ela acontecia no dia 01 de maio, com a celebração de São José Operário, título instituído pelo Papa Pio XII, em 1955, para fazer memória do santo carpinteiro, no dia que as nações celebram o dia do trabalhador. 
    Sobre essa mudança, as narrativas sugerem que ela ocorreu na década de 1960, mas precisamente no paroquiato do Padre Orlando Tavares de Araújo (1960-1967), assim permanecendo sendo realizada por cerca de dois ou três anos consecutivos. A justificativa seria a impossibilidade dos habitantes do outro lado do Rio Cariús (na sede do município), participar das festejos em razão das cheias, já que em março as precipitações costumavam (e costumam) ser maiores do que em maio. Anterior a construção da ponte Manoel Pinheiro de Almeida, concluída em janeiro de 1983, no mandato do prefeito João Matias, atravessar o rio de canoa era uma tarefa comum, mas igualmente muito arriscada. 

Imagem ampliada de monóculos possivelmente do início dos anos 1970. Nela se vê um cortejo fúnebre de uma pessoa não identificada, atravessando o Rio Cariús, estima-se que em um período final da quadra invernosa, já que o rio contava com "água na canela". Ao fundo observa-se a Serra do Quincuncá, além de alguns veículos acompanhando o cortejo, (Registro cedido pelo Padre José Wilton Leite). 

    Mas afinal por que a festa retornou a mesma data dos seus primórdios, no dia 19 de março? Segundo depoimentos, a decisão foi estimulada pela perca brusca da arrecadação. É provável ainda que a transferência da data, não tenha agradado uma parte da população. Desde então, faça chuva ou sol, celebra-se o dia do Padroeiro do Quincuncá no dia 19 de março. 

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ENTREVISTAS REALIZADAS: 
Antônio Jesus de Carvalho (Jesus Militão);
Pedro Natalício da Silva.

WEBSITES CONSULTADOS:

JUSTINO, Antonio. 01 de maio - São José Operário. Instituto Canção Nova. Disponível em: <https://instituto.cancaonova.com/sao-jose-operario/> Acesso em 01 de maio de 2021.