31 de maio de 2023

Memória fotográfica: Coroação de Nossa Senhora, Quincuncá - Maio de 1997

Coroação em Quincuncá- 31 de maio de 1997. Foto do acervo de Dilvany Silva, digitalizado pelo BQ

O dia 31 de maio reacende na memória de muitos Quincuncaenses o encerramento do mês mariano, com a coroação da imagem de Nossa Senhora de Lourdes no patamar da Igreja de São José.

Realizada pela 1ª vez na década de 1930, sob iniciativa da professora e membra da Pia União das Filhas de Maria, Maria Telina Almeida, essa solenidade perpassou várias gerações, sendo assumida adiante pela senhora, Maria Lindalva Rodrigues, que por décadas, responsabilizou-se por sua efetivação, mediante a colaboração de suas irmãs, carinhosamente chamadas de D. Niza e D. Loura.
Neste ritual que começava pontualmente às 18:00h (hora do ângelus), jovens caracterizadas de anjos, virtudes (fé, esperança, caridade, glória, amor e reparação), astros (sol, lua, estrela), e outros personagens como Bernadete, tomavam seu lugar na cerimônia, ao som do hino: "Neste dia ó Maria, nós te damos nosso amor".
Entre cânticos, orações e meditações, a coroação emocionava o público, reunindo fiéis do Distrito e de outras localidades. Era por assim dizer, o evento mais aguardado depois da Festa do Padroeiro.
Ao longo dos anos, e sobretudo a partir de 1979, a solenidade passou por algumas adaptações, deixando inclusive de ser realizada nos dias atuais, infelizmente.
Neste registro, temos a coroação no dia 31 de maio de 1997 (há 26 anos), uma das últimas solenidades realizadas, que foi semelhante ao modelo propagado pelos mais antigos. Imagem do acervo de Dilvany Silva, digitalizado pelo Blog de Quincuncá.

30 de maio de 2023

Homenagem a Dona Lilia, na passagem dos seus 95 anos

Dona Lilia em registro do BQ - 29/05/2023. 

Nascida como Maria Caetano Dias, Dona Lilia como é conhecida popularmente veio ao mundo no dia 26 de maio de 1928, na Serra do Quincuncá-Farias Brito-CE, filha de José Caetano Dias e Cândida Dias da Silva (Dandóia), sendo a 4º de uma família de cinco irmãos: Cazuza, Pedro, Caetano e Luíza, dos quais apenas ela é vivente.

Em 1932, quando contava com apenas quatro anos de idade, ficou orfã de pai, sendo criada pela mãe, com o auxílio de seus irmãos mais velhos e tios.
No dia 10 de setembro de 1955, aos 27 anos, casou-se com Antônio Fonseca Dias (Tota Fonseca), constituindo uma numerosa prole, composta por catorze filhos: Carmelina, Cândida, Antônia, Geci, Roseli, Osmaria, Rosimar, Rosenilde, Rosimeire, Demontier e Caetano e Cristovão, além de José e Antônio já de saudosas memórias.
Ao completar 95 anos, Dona Lilia, ao lado de seu esposo Tota de 103 anos, representam pilares do velho Canto Alegre, verdadeiros guardiões da memória local.
Ontem (29), realizou-se a comemoração em alusão ao seu aniversário, momento que reuniu muitos familiares e a amigos(a). Parabéns, Lilia! E que venha o centenário!

27 de maio de 2023

Nota de pesar pelo falecimento de Chico Celso

Foto enviada pela família; edição Blog de Quincuncá

Registramos o falecimento do Sr. Francisco Pereira da Silva, mas conhecido como "Chico Celso", ocorrido na tarde de ontem (26), em sua residência no Sítio Açude Velho - Serra do Quincuncá, Farias Brito-CE.

Nascido em 1928, tendo assim 94 anos completos, ele era filho de José Pereira da Silva e Maria Felismina da Silva, ambos também falecidos.

Casou-se a primeira vez com Maria Gonçalves da Silva, e em segunda núpcias com Josefa Gonçalves da Silva (Sinhá). Destas uniões, provenieram catorze filhos, assim conhecidos: Elisângela (Zinha), Nelda, Toinha, Liquinha, Liinha, Eva, Francisca, Adão, Pretinho (in memoriam), Lucinha, Socorro, Humberto, Reginaldo e Inacinha.

Há mais de uma década, Chico Celso vivia acamado, sob o cuidado de seus familiares. Esperamos pois, que ele agora encontre a paz e o descanso merecido.

Nossa solidariedade à toda a família! 

14 de maio de 2023

"Um dia de juízo": A morte de Jesus Nativo no dia das mães de 1980.

Cortejo fúnebre passando defronte à casa de D. Lindalva. Quincuncá, 1980. Acervo: Vanessa Pereira

A comemoração do dia das mães possuí origem bastante remota, aludindo a Grécia e Roma antiga, quando gregos e romanos reuniam-se nas festas de primavera, para celebrar o culto as divindades mães. Apesar da comemoração ter se expandido gradualmente, sendo festejada em quase todas as partes do mundo, esta celebração só se popularizou a partir de 1914, nos Estados Unidos, através dos esforços de Anna Jarvis, para homenagear a sua mãe falecida. No Brasil a data é comemorada oficialmente no segundo domingo de maio, regulamentada pelo decreto presidencial nº 21.366, no governo de Getúlio Vargas. (DIANA, DANIELA, 2023). 

Neste dia, é comum que mensagens, flores, presentes e outras manifestações de afeto sejam dirigidas a figura materna com vista a homenageá-la. Em Quincuncá, o que era pra ser mais um ano de boas recordações, se tornou um "dia de juízo", para a família de Jesus Nativo Pereira Leite, isto porque a morte tomou parte na cerimônia, mesmo significando um ciclo da vida, as circunstâncias em que ela se deu marcou a memória dos Quincuncaenses. 

Nascido no Sítio Barrocas, município de Assaré-CE, no dia 08 de setembro de 1964, Nativo era filho de Marina Pereira Leite e Saturnino Pereira Borges "Tunim", sendo o caçula de uma família de quatro irmãos: Antônio (1947), Francisca (1948-2004) e Maria (1952). Ainda na infância, mudou-se com os pais, por volta de 1972, para o Distrito de Quincuncá, Farias Brito-CE.

Nativo com cerca de 03 ou 04 anos. Foto: Maria Leite. Melhorada no App. MyHeritage. 

Assim como toda e qualquer criança, Nativo gostava de brincar com os amigos, mas também apreciava momentos de recolhimento e silêncio. Em depoimento, sua irmã, Maria Leite, o caracterizou como tendo um carinho especial por idosos, animais e a natureza, sendo muito dedicado aos estudos, razão pelo qual cursou o primário, como era chamado o período de 1ª e 4ª série, àquela época, nas Escolas Reunidas de Quincuncá  (atual EEF Cosmo Alves Pereira), continuando sua formação na Escola Getúlio Vargas na sede do município e em seguida no Colégio São Francisco de Assis, em Juazeiro do Norte-CE. Tudo parecia ir bem, quando um triste episódio ceifou a sua vida. 

Na manhã do dia 11 de maio de 1980, domingo das mães, o jovem que tinha 15 anos, foi dado como desaparecido. Sua mãe aflita então solicitou ao morador, Pedro Natalício, que colocassem um aviso no serviço de som da Igreja de São José. Em post do Blog de Quincuncá publicado em 2018, Maria de Fátima Ferreira, narrou a forma de como se veiculou o anúncio: "Atenção, Nativo, o carro já vai pra Farias Brito e sua mãe está a sua procura", palavras que segunda ela nunca saíram de suas lembranças. O carro que a depoente se refere nesse relato, trata-se de um veículo da Prefeitura que tinha como destino a sede de Farias Brito, onde Nativo pegaria outro transporte para frequentar as aulas no dia seguinte, na Cidade de Juazeiro do Norte. 

Barragem Enoch Rodrigues transbordando, em registro de 01/05/2023.

Na época, a comunidade se mobilizou nas buscas em possíveis locais onde estaria, mas após conversas com moradores, constataram que o último espaço onde ele havia sido visto foi na parede da Barragem Enoch Rodrigues. A partir de então, as buscas se concentraram naquelas imediações, reunindo grande quantidade de pessoas. Em uma última tentativa de localizar o corpo, pessoas mais experientes sugeriram a realização de um ritual antigo, que consiste em colocar na água uma cuia com uma vela acesa, na crença de que o lugar onde ela parar indica a localização exata do corpo. Coincidência ou não, o certo é que após feita a simpatia, moradores conseguiram achar Nativo, porém já sem vida, uma cena que não será esquecida facilmente por aqueles que presenciaram o triste ocorrido. 

No dia seguinte, seguindo os ritos cristãos, seu corpo foi transladado da residência de seus pais à Rua Ladislau Pereira, onde acontecera o velório até a Igreja de São José, acompanhado de alunos(a), que levavam coroa de flores e cartazes. Na chegada à Igreja, foi celebrada a Missa, pelo então pároco, José Wilton Leite. Um dos momentos mais marcantes segundo narradores, foi quando a assembléia em um só coro cantou: "Caminhando e cantando", (Pra não dizer que não falei das flores), de Geraldo Vandré. Terminado a celebração eucarística, seguiu-se o cortejo fúnebre até o Cemitério Padre Cícero, onde Nativo foi sepultado sob comoção geral. 

Lembrança do 7ª dia de Nativo. Acervo: Pedro Natalício (in memoriam) & Diva, digitalizado pelo BQ. 

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FONTES: 

DIANA, DanielaOrigem do Dia das Mães. Toda Matéria[s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/historia-do-dia-das-maes/. Acesso em: 13 abr. 2023;

Depoimentos: 
Maria de Fátima Ferreira  em 21/07/2018;
Mazé Augusto em 22/07/2018; 
Maria Leite (Irmã de Nativo) em Abril de 2023;
Antônio Pereira da Silva "Didi", em 13/05/2023. 

1 de maio de 2023

Nota de pesar pelo falecimento de Ronaldo Américo

Consternados, comunicamos o falecimento do Sr. Ronaldo Américo, ocorrido hoje, 01 de maio de 2023, na Vila Umari - Serra do Quincuncá.

Nascido em 22 de outubro de 1958, tendo assim 64 anos, era filho de Jesus José da Silva (Jesus de Américo), de saudosa memória & Maria Miriam Lima Verde da Silva (Dona Miriam). Tinha como irmãos: Roberto, Raquel, Rozana, Rejane e Rozélia.

Deixa quatro filhos: Myria Lane, Cicero Wandel, Wildon Rodrigues e Américo Rodrigues.

Nossas condolências à família Rodrigues Pereira, em nome de toda a comunidade Quincuncaense! 

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VELÓRIO E SEPULTAMENTO:
O velório acontecerá no Salão do Centro Pastoral de Quincuncá (ao lado da Igreja de São José), e às 16:00 de amanhã (02), se procederá seu sepultamento no Cemitério Pe. Cícero