Neste espaço abordarei memórias de Quincuncá desde os seus primórdios como Vila Araticum ou São José até os dias atuais: narrativas históricas, biografias, transcrições de documentos, fotos e vídeos serão aqui disponibilizados, a fim de rememorar o passado e deixar registrado os fatos para a posteridade. Todo este trabalho é realizado de forma voluntária, com objetivo de compartilhar os conhecimentos advindos das pesquisas, valorizando assim a história e a cultura local. SEJAM BEM-VINDOS!
30 de março de 2016
28 de março de 2016
Didi Artesanato: Um ofício entre o crochê e a palha do milho
Além do trabalho feito com a palha, Didi também fabrica toalhas de banho, conjunto de cozinha, pano de prato e etc. Produtos feitos artesanalmente,com dedicação e carinho para agradar seus clientes.
5. Didi, fabricando uma peça para cozinha |
Quem se interessar e quiser conhecer mais o trabalho, deve entrar em contato pelos números: TIM: (88)99953-253 Ou (88)99847-2338.
Acompanhe alguns dos produtos fabricados:
6. Toalha de banho - (Didi Artesanato) |
7. Bolsa em palha (Didi Artesanato) |
9. Cadeira de palha (Didi Artesanato) |
10. Passarela de Mesa (Didi Artesanato) |
11. Pano de Prato - (Didi Artesanato). |
Entrevista:
30/Dezembro/2015 - Antônia Arilene Costa Rodrigues (Didi), 45 anos.
Fotografias:
Imagens: 01; 02; 05; 06; 07; 08; 09; 10; 11 - Francisco Guilherme
Imagens: 03; 04 - Antônia Arilene C. Rodrigues (Didi).
ATENÇÃO: Texto e fotos do autor é permitido sua reprodução total ou parcial, desde que citem o autor, quanta as demais fotografias, fica a cargo de autorização da entrevistada.
23 de março de 2016
Familiares de Chico Melquíades procura parentes no Ceará
Francisco Moreira Holanda, nasceu em 08 de outubro de 1925, era filho de Melquides Moreira Holanda e Generosa Bezerra de Menezes, falecido há cerca de 05 anos, com 87 anos, seus familiares, principalmente seu neto o Sr. Wellington Farias entrou em contato conosco e pediu ajuda para encontrar parentes de seu avó aqui no Ceará.
O que se sabe é que Seu Chico Melquiades, como era mais conhecido, quando saiu do Ceará, era um rapaz, o motivo de sua partida segundo afirma seu neto, foi o seguinte: " saiu da serra do Quincuncá, como ele falava e não voltou mais, fugiu de lá, por os pais dele ter falecido e os tios colocaram ele pra correr, isso ele contou para minha mãe que era a filha mais velha e gostava muito dela, mas depois essa história ficou encoberta, mas eu acredito que seja verdade". Casou-se em Pau dos Ferros-RN, que fica na divisa de Rio Grande do Norte com o Ceará, porém viveu sua vida na cidade de São Francisco do Oeste-RN.
Acompanhe no vídeo acima, o momento em que o senhor Francisco Moreira Holanda, nos conta sobre seus pais.
Veja o vídeo completo abaixo:
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20 de março de 2016
Festa de São José 2016 em Quincuncá
Foi celebrada com júbilo, a festa de São José, padroeiro de Quincuncá-Farias Brito-CE. Os festejos iniciaram no dia 10 de março (quarta) com caminhada com a bandeira e a imagem de São José saindo da rua Ladislau Pereira, da residência do Sr. Antônio Gonçalves, e se encerraram no dia 19 de março de 2016, data que foi celebrada a tradicional Missa e procissão pelas ruas da comunidade. A festa este ano, teve como tema: "Sede misericordiosos como nosso pai é misericordioso" em comunhão com toda a Igreja Católica, que celebra o ano da misericórdia. A programação da festa se resume em momentos de oração com novena, Santa Missa, caminhadas para as residências com a imagem do padroeiro, além de momentos sociais com leilões e quermesses. Porém, desde o dia 1° de março que reza-se na capela o novenário de São José, estendendo-se até o próximo dia 31 de março com a derrubamento da bandeira, simbolizando assim o final das festividades.
Durante o período oficial da festa de 10 a 19 de março, Quincuncá acolheu várias comunidades, que vieram suas homenagens, pedidos de graça e agradecimento a São José, este é um momento de reavivamento da fé, de reencontro entre os filhos da terra, bastante aguardado na comunidade. A devoção nesta terra, surgiu a partir do fervor particular do Sr. José Rodrigues da Silva, que aqui construiu com sua família a primitiva capelinha em honra do patriarca, de lá pra cá, a comunidade cresceu e continua a manifestar sua fé e devoção ao padroeiro.
ACOMPANHE ALGUMAS FOTOGRAFIAS:
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Imagem de São José. Foto: Gabriel Tomaz |
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Antônio Gonçalves hasteando a Bandeira de São José. Foto: Gabriel Tomaz |
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Novena de São José. Foto: Gabriel Tomaz |
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Fiéis presentes na abertura dos festejos. Foto: Gabriel Tomaz
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10 de março de 2016
Biografia do Sanfoneiro Artur Dias de Santana
Artur Dias de Santana (Artur Dias) nasceu em 01 de setembro de 1904, era natural de São Pedro- Piauí, filho de João Dias Fonseca e Etelvina Maria da Conceição. Em 1917, quando Artur contava com 13 anos faleceu repentinamente seu pai João Dias, o que o levou a trabalhar na roça, junto com sua mãe e seus 14 irmãos para garantir o sustento da família.
Na década de 1920, Casou-se com Antônia Silva Oliveira (Mulatinha) com quem teve 08 filhos: Josefa, Marlene, Hilda, Alaíde, Ceci, Dedice, Joaquim, Alonso, teve ainda Eliseu, este fruto de um relacionamento com a sra. Joana Silva. Carismático, Artur Dias conquistava, grande legião de amigos, fascinados pela sua habilidade de tocar sanfona, em Quincuncá, localidade circunvizinha, onde residia seu irmão "Zé Dias" as principais amizades era Herculano Pereira; Dona Leocarda; João da Costa; Leonardo Pereira; Lindalva Rodrigues, Seu Artuzão, Luíz de Vigário, dentre outros.
Foi por meio do seu talento que Artur alegrou muitas noites, era frequentemente convidado a tocar em festas de aniversário, casamento, salões de dança, por meio deste trabalho "ganhava seu pão", não se dispensava as vezes que ele tocava entre amigos, apenas como divertimento.
Além disso, era proprietário de terras, gado, um engenho de pau, desativado em 1963, que era movido por animais, do qual ele era mestre de preparo do mel da rapadura, onde produzia-se: alfenim, rapadura e levava à Farias Brito ou Crato, no lombo de animais para a venda, era também agricultor.
Na década de 1950, época do demolimento da antiga capelinha de São José em Quincuncá, e a construção da atual, Artur Dias vinha aos finais de semana tocar, enquanto voluntários carregavam tijolos, provenientes de um terreno próximo da Barragem, possibilitando que os mestres continuassem a erguer as paredes e a torre do templo durante a semana.
Entre os anos de 1961 e 1962, Artur comprou um caminhão, juntamente com seu genro Antônio Costa Dias (Toca), para facilitar a chegada nas festas, anos mais tarde vende-o e adquire um jipe, que vai apresentando defeitos, chegando um momento de que o veículo não funciona, em 1968 decide trocá-lo por uma casa na atual Rua São Cândido em Juazeiro do Norte-CE.
Residiu a maior parte de sua vida no Sítio Genipapo no município de Assaré-CE, ficava dias ausente devido a viagens para localidades distantes com vista em atender convites para tocar sanfona, em 1975 ficando viúvo, casa-se a 2° vez com Maria Xavier de Santana, com quem passa 21 anos casado, e tem mais 04 filhos: Alexsandra, Samara, Luís Carlos e Etelvina Carlos. Nessa época chegou a residir em Juazeiro do Norte-CE para tratar de problemas de saúde, e no distrito do Amaro/Assaré-CE onde viveu seus últimos dias.
Um homem que não gostava de tristeza, antes de falecer fez o pedido a sua esposa de que ninguém chorasse, nem por ele fizesse luto e ainda de que o cortejo fúnebre e sepultamento fosse acompanhado por "Chico Paz", também sanfoneiro. Dias após falece Artur Dias as 17:00h da tarde do dia 12 de novembro de 1996 com 92 anos, mas como na ocasião de sua morte o seu amigo sanfoneiro estava ausente, combinaram com o sobrinho João, que tinha uma vitrola, de reproduzir uma fita de Artur Dias tocando, e foi desta forma, atendido seu pedido.
Entrevistas:
Antônia Alaíce Dias Oliveira, 74 anos
Ceci Dias Pereira, 82 anos
Maria Xavier de Santana, 64 anos
Cândida Alves Moraes, 82 anos
Fotografias:
Fotografia em 1958 - Demar Dias
Artur Dias em 1984 - Maria Xavier
Ceci Dias Pereira, 82 anos
Maria Xavier de Santana, 64 anos
Cândida Alves Moraes, 82 anos
Fotografias:
Fotografia em 1958 - Demar Dias
Artur Dias em 1984 - Maria Xavier
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