"Cruzeiro das Virgens" (Atualmente) |
Localizado, na Praça Jesus Alderico Costa (Dorico), o "Cruzeiro das Virgens" recebe este nome em homenagem a Dona das Virgens, a primeira zeladora deste símbolo cristão. O motivo seria a forma como as pessoas se referiam ao cruzeiro tempos após sua transferência para o local atual, pois havia terços, novena de frente aquele "madeiro santo" quando ia-se convidar os fiéis para o terço que iria ocorrer falava-se "vamos pra reza que vai ter lá no Cruzeiro das Virgens", "Das Virgens" aqui refere-se ao local onde estava instalado (em frente a residência de Dona das Virgens) a primeira zeladora e quem teve a idéia de edificar o pedestal ao seu entorno, sonho concluído por meio de arrecadações em leilões ocorridos em sua residência.
É um dos poucos, senão o único patrimônio ainda existente dos primórdios da vila, antigamente estava instalado no patamar da antiga capela de São José, foi transferido para o local mencionado a pedido da homenageada, acompanhado por grande número de pessoas que o trouxeram em procissão entoando cânticos e rezando. Quanto a data da transferência há divergência: uns afirmam ter sido no ano de 1952, outros porém falam em 1957, e ainda os que apontam outras datas, o certo é que esse fato ocorreu, pouco tempo após o demolimento da antiga capelinha de São José, ocorrido no ano de 1951.
Há cerca de 60 anos naquele área, o "Cruzeiro das Virgens" é um símbolo cristão venerado pelos fiéis, "sobrevivente" dos antigos, goza de todo um destaque por situar-se na chegada ao distrito de Quincuncá para os Sítios Fazenda, Tabuleiro e adjacentes. Ao longo de sua história passou por restaurações a última foi coordenada pelo Blog de Quincuncá, com o apoio dos moradores, sendo reinaugurado no domingo de Páscoa, 27 de março. Contou ainda antecedentemente desta restauração com o cuidado de três zeladores(a), dos quais iremos abordar adiante:
* MARIA DAS VIRGENS DO AMOR DIVINO, 1ª ZELADORA:
Apelidada de "Das Virgens" nasceu em Quincuncá-Farias Brito-CE, aos 12 de fevereiro de 1907, filha de Manuel Rodrigues e Antônia Doca Alcântara.
É um dos poucos, senão o único patrimônio ainda existente dos primórdios da vila, antigamente estava instalado no patamar da antiga capela de São José, foi transferido para o local mencionado a pedido da homenageada, acompanhado por grande número de pessoas que o trouxeram em procissão entoando cânticos e rezando. Quanto a data da transferência há divergência: uns afirmam ter sido no ano de 1952, outros porém falam em 1957, e ainda os que apontam outras datas, o certo é que esse fato ocorreu, pouco tempo após o demolimento da antiga capelinha de São José, ocorrido no ano de 1951.
Há cerca de 60 anos naquele área, o "Cruzeiro das Virgens" é um símbolo cristão venerado pelos fiéis, "sobrevivente" dos antigos, goza de todo um destaque por situar-se na chegada ao distrito de Quincuncá para os Sítios Fazenda, Tabuleiro e adjacentes. Ao longo de sua história passou por restaurações a última foi coordenada pelo Blog de Quincuncá, com o apoio dos moradores, sendo reinaugurado no domingo de Páscoa, 27 de março. Contou ainda antecedentemente desta restauração com o cuidado de três zeladores(a), dos quais iremos abordar adiante:
* MARIA DAS VIRGENS DO AMOR DIVINO, 1ª ZELADORA:
1ª Zeladora do Cruzeiro |
Apelidada de "Das Virgens" nasceu em Quincuncá-Farias Brito-CE, aos 12 de fevereiro de 1907, filha de Manuel Rodrigues e Antônia Doca Alcântara.
Viveu sua infância na referida localidade, junto com seus pais que ao total tiveram 10 filhos, dos quais só sobreviveram ela e seu irmão José.
Na década de 20, casa-se com José Alves Costa (Cazuza Belisário) com quem teve 10 filhos, 05 destes faleceram ainda criança, criaram assim 05 filhos: Antônia Almerinda Costa, Jesus Alderico Costa (Dorico) Cândida Alves Moraes, Maria de Lurdes Costa e Belisário Alves Costa.
Mulher prestativa e costureira, visitava os doentes da comunidade e na ocasião de sua morte, fabricava as "mortalhas", ajudava a vestir os defuntos, organizava os preparativos da sentinela.
Na década de 1950, época do demolimento da capelinha antiga de São José, na qual em seu patamar havia um Cruzeiro, e a construção do atual templo, alguns indagaram onde colocaria aquele "madeiro santo" já que com a nova construção ficava apertado, Dona das Virgens então, fez o pedido de que levassem o cruzeiro e colocassem em frente de sua residência que ficava na esquina da atual rua José Alves Costa, ninguém discordando da idéia, pouco tempo após levaram em procissão, acompanhada por grande número de fiéis.
Desde a edificação, ela acordara cedinho todos os dias para varrer o terreiro ao seu entorno, não queria que nenhuma criança ficassem fazendo "presepada", tinha todo um cuidado para com aquele espaço. Após a morte de seu esposo Cazuza Belisário em Outubro de 1957, dedicou os últimos 25 anos de sua vida de zelo para esse símbolo cristão. Falece em 18 de maio de 1982.
Na década de 1950, época do demolimento da capelinha antiga de São José, na qual em seu patamar havia um Cruzeiro, e a construção do atual templo, alguns indagaram onde colocaria aquele "madeiro santo" já que com a nova construção ficava apertado, Dona das Virgens então, fez o pedido de que levassem o cruzeiro e colocassem em frente de sua residência que ficava na esquina da atual rua José Alves Costa, ninguém discordando da idéia, pouco tempo após levaram em procissão, acompanhada por grande número de fiéis.
Desde a edificação, ela acordara cedinho todos os dias para varrer o terreiro ao seu entorno, não queria que nenhuma criança ficassem fazendo "presepada", tinha todo um cuidado para com aquele espaço. Após a morte de seu esposo Cazuza Belisário em Outubro de 1957, dedicou os últimos 25 anos de sua vida de zelo para esse símbolo cristão. Falece em 18 de maio de 1982.
*JESUS ALDERICO COSTA (DORICO), 2º ZELADOR:
2° Zelador do Cruzeiro |
Nascido em Quincuncá - Farias Brito-CE, aos 06 de janeiro de 1930, era filho de José Alves Costa e Maria das Virgens do Amor Divino, (1° zeladora do cruzeiro), foi vereador na legislatura de 1977-1983 e Vice prefeito eleito com Gabriel Bezerra de Morais no ano de 1970.
Logo após o falecimento de sua mãe, no mês de maio de 1982, Dorico como era apelidado cuidou daquele local, tanto zelado por sua mãe, pintava o cruzeiro e dava os retoques necessários na residência de sua mãe, para que não viesse a desabar, isso o fez, até alguns meses antes de sua morte em 02 de Junho de 2002 aos 72 anos de idade.
* JOSÉ EUZEBIO SOBRINHO (ZÉ EUZEBIO), 3º ZELADOR:
3° Zelador do Cruzeiro |
Após o falecimento de seu amigo, Dorico, que zelava pelo cruzeiro, Zé Eusebio, dedicava as horas vagas do trabalho no roçado para zelar daquele que chamava " lugar sagrado", igualmente a igreja e o cemitério. Reclamava com frequência principalmente com crianças que se penduravam, aos que fazia do seu pedestal mesa de bebida, ou com quaisquer outros que não respeitassem o cruzeiro.
No entorno do cruzeiro, existia uma pequena calçada, ao seu redor ficava crescendo matos, Zé Eusebio fazia questão de limpar e de manter sempre isento de sujeiras.
Faleceu em 09 de outubro de 2008.
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ENTREVISTAS:
Antônia Almerinda Costa, 87 anos
Cândida Alves Moraes, 82 anos
Eulália Nali Pereira Souza, 76 anos
Antonia Moreira (Sitonha), 75 anos.
FOTOS DOS ZELADORES(A) CEDIDA PELA FAMÍLIA.
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