Foto cedida pela neta Isaura Pereira.
Ladislau Pereira da Silva, ou para os mais íntimos apelidado de "Lalau", era agricultor e proprietário de terras, seu nome é citado nas entrevistas no que diz respeito ao patrimônio para a construção da Barragem Enoch Rodrigues, isto é doou parte de sua terra para que ficasse submergida nas águas da barragem, a referida doação foi "feita de boca", por isso nenhum documento comprova a doação, já que naquela época a palavra tinha um grande valor, e substituía quaisquer outros documentos oficiais. Assim, tentaremos levantar dados e depoimentos a seu respeito, para isso nos valeremos do assento de seu óbito, e dos depoimentos colhidos. A fotografia acima é uma das poucas se não a única que se tem dele até então, e foi cedida por sua neta Isaura Pereira residente no estado de Santa Catarina.
Dados pessoais:
Segundo consta no livro de registro de óbito, Ladislau nasceu em 27 de julho de 1881, era filho de Joaquim Bastos da Silva e Maria Gonçalves da Silva. Faleceu em 23 de outubro de 1963 aos 83 anos, completando assim nesse ano de 2017, 54 anos de seu falecimento, tendo seu nome homenageado como denominação de uma rua no distrito, em virtude de o mesmo ser um antigo morador e proprietário de terras nas imediações, onde localiza-se hoje a Barragem Enoch Rodrigues, e a E.E.F Cosmo Alves Pereira.
Ladislau casou-se com Andrelina Maria de Jesus, da qual infelizmente não se tem foto alguma, ela era filha de Joaquim Ferreira Vidal e Joana Maria de Jesus, nascida à 15 de agosto de 1885, e falecida em 22 de março de 1954 aos 68 anos. Do matrimônio com Ladislau Pereira provieram os seguintes filhos: José Pereira Silva, Teófila Pereira, Gertrudes, Raimundo, Bertoldo, Maria Solidade, Gertrudes Pereira, Nazário, Eulina, Astrogildo e Sinobrelina Pereira, desses filhos, o último a falecer foi a Sra. Eulina (Dona Lina) falecida aos 96 anos, no mês de agosto de 2016 (A mesma era nascida em 08 de setembro de 1920), restam agora muitos netos, bisnetos e tataranetos, descendentes deste tronco familiar.
Depoimento:
O neto José Pereira da Silva, (Zé da Lina), 74 anos assim recorda quando o avô Ladislau falava da doação do patrimônio da Barragem " É eles que falavam, cansei de ver meu avô sentado na calçada de mãe [D.Lina], e falava que o patrimônio aqui da barragem era 10 (dez) tarefas, tinha sido ele que havia doado, o riacho passava aqui (Zé, aponta o local), daqui pra lá era de São José e daqui pra cá era terra dele, isso tudo era dele [Ladislau] essas terras era tudo do meu avô". (Entrevista concedida ao Blog de Quincuncá aos 23 de dezembro de 2015).
Isaura Pereira Maia, 69 anos, filha de Nazário, e neta de Ladislau, relembra do avô, e de sua propriedade no Quincuncá. "A lembrança que eu tenho dele... pessoa, pessoa boa assim com todos os netos também né, muito boa, num tenho muito [lembrança] assim é de pequeninho". Ao ser indagada sobre a residência do avô, ela responde: "era naquelas casas mais perto do grupo ali, que inclusive tem a casa de meu pai, que é aquela do lado que tinha a casa de Aristóteles, de meu pai e da família quase toda ali, e a do meu avô era uma casinha mais velha que foi demolida pra fazer aquelas aí né onde ele morava". Sobre as propriedades, Isaura conta: "Sim, também, também que uma parte daquela era dele também né, aquela parte que pertence mais do grupo pra trás até onde Bertolo tinha casa ali também, é, ah tinha muita terra ali, era quase tudo aquilo ali".(Entrevista concedida ao Blog de Quincuncá em 14 de junho de 2017).
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FONTES DOCUMENTAIS
Cartório Moreira – 1º Ofício – F. Brito-Ce
*Óbito de Ladislau Pereira: (C-04, folha 44);
*Obito de Andrelina Maria (C-02, folha 41,42);
FONTES ORAIS
*José Pereira da Silva, (Zé da Lina), agricultor aposentado, realizada em 23 de dezembro de 2015;
*Isaura Pereira Maia, realizada em 14 de junho de 2017.
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Olá Francisco, me chamo Amanda e moro em São Paulo. Minha mãe me indicou esse post pois se trata da história de seu bisavô, meu tataravô no caso. Obrigada por compartilhar conosco um pouco da história de meus parentes distantes e de tantos outros da cidade. Espero um dia visitar Quincuncá e conhecer melhor minhas raízes.
ResponderExcluirAbraços.
Oi Amanda, qual o nome de sua mãe? Saiba, que será bem vinda, e obrigado pelo reconhecimento!
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