Osmundo Pereira, ao lado de seus netos. Foto: Amanda Rafaela |
Hoje, 09 de outubro é dia de postar #reinvindicações, entretanto preparei esse texto, que tem como propósito nos fazer refletir sobre a nossa realidade histórica-social. Leia atentamente, e se possível deixe um comentário.
O QUE SERÁ DO NOSSO QUINCUNCÁ? 🤔
É evidente que a população de pessoas na terceira idade em nosso País a cada dia tem aumentado, isso é bom, e por outro lado preocupante. Em Quincuncá, essa realidade também prevalece. Se formos refletir a quantidade de pessoas idosas que compõem as ruas de nossa comunidade, veremos o quanto elas se tornariam vazias com a falta desses moradores, decorrente do seu falecimento.
O que será da memória do nosso povo? Como será o novo Quincuncá? Que valores ou anseios serão conservados? Há de fato muitos questionamentos a se fazer, nenhum com resposta definitiva ainda, pois cabe aos que ficarem continuar aquilo que os nossos antepassados iniciaram, fazendo é claro algumas mudanças que visem o crescimento e o bem da população no seu geral. O egoísmo nos atrapalhou bastante, (e talvez ainda impere), fazendo-nos retroceder, enquanto poderíamos ter dado espaço ao diálogo e união, promovendo o desenvolvimento local.
Precisamos recomeçar, e pensar nesse possível futuro, tentando melhorá-lo a cada dia, particularmente vislumbro muitas coisas a partir da nossa realidade. Uma delas é que muitos sairão do nosso torrão, à procura de oportunidades, e na medida em que conseguirem, terão que se ausentar ou mesmo residir em outras cidades, enquanto que outros retornarão já com sua estabilidade financeira, para finalmente estabelecer moradia fixa.
Todos sabemos que a maioria de nossa população, vive de agricultura de subsistência, trabalho este que não é nada fácil, sobretudo o agricultor vive de incertezas "será que o inverno vai ser bom esse ano?", e ele confiando na providência divina, prepara o solo, planta e faz as devidas limpas para colher, e quando finalmente vai vender seu produto, ele está desvalorizado pelo baixo preço da saca. Desta forma toda a dedicação e os gastos que ele teve, se resumiram a quantia pequena de recursos.
A história serve-nos para pensar a nossa realidade social, refletindo de forma crítica o passado, buscando não mais cometer os mesmos erros. Seguindo essa linha de pensamento, eu pergunto: vamos ficar na mesmice? eu espero sinceramente que não! É inegável que nos últimos 30 anos tivemos uma melhoria considerável na nossa estrutura, mais ainda falta muito a se fazer.
Pode até parecer para alguns, mera bobagem ou absurdo essas palavras que eu profiro, mas esse texto é para que pensemos o que será do Quincuncá ausente de desenvolvimento e sem a referência dos nossos antecessores.
Quando não conhecemos o passado estamos sujeitos a muitas coisas, inclusive o comodismo. Ouço de boa parte dos mais velhos a mesma questão: o Quincuncá de outrora pelo menos no quesito cultural se destacava, e hoje é nitido que enfrentamos uma pobreza nesse sentido, cadê as lapinhas? as quadrilhas comunitárias? os Dramas?, a feira livre?, e tantos outros eventos que tinhamos? De fato, o que restou foi poucas fotos e muitas lembranças.
QUAL QUINCUNCÁ ESTAMOS CONSTRUINDO NO PRESENTE? Esse é o questionamento que deixo a cada um. 😉
Essa foto por sua vez, corresponde muito bem a essa minha discussão, nela apresenta-se o sr. Osmundo Pereira de 75 anos, acompanhado dos seus netos Davi, Caio, Marina, Arthur e Ana Luíza.
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