13 de abril de 2015

Rasga Mortalha - Ave Suindara


       Ainda hoje recordamos pelo o que nossos pais ou avós nos disseram acerca do canto da "rasga mortalha" é uma coruja de espécie Suindara de estatura baixa de penas brancas manchadas de cinza, e geralmente faz seu ninho em locais altos, como em torres e igreja, sendo comum no nordeste brasileiro, e emite um grito fortíssimo durante o voo, acredita-se que quando essa ave passa por cima de alguma residência, soltando seu ruído semelhante a de um "pano rasgando" é sinal que algum morador ali perto vai morrer.

Acompanhe o grito da Rasga Mortalha:



       O fato de ter certo receio sobre seu grito é uma crendice e teve início a partir de uma antiga lenda Conta-se que tudo começou com uma jovem de pele branca e se chamava Suindara, e trabalhava como carpinteira (mulheres com mais de trinta anos que eram pagas para chorarem em velórios e cemitérios) e era filha de um temido feiticeiro chamado Eliel. A jovem Suindara era muito inteligente e respeitada na sua comunidade, todos a conheciam como "Coruja Branca". Suindara levava uma vida normal, exceto pelo fato de ser carpinteira.
   Os problemas da jovem iniciaram quando ela começou a namorar as escondidas com um rapaz chamado Ricardo, que era filho de uma condessa chamada Ruth. A condessa era conhecida por sua rigidez e era muito preconceituosa. Se o romance de Suindara e Ricardo fosse descoberto, jamais seria aceito pela condessa, mas Ruth acabou descobrindo e arquitetou um plano malévolo para acabar com a relação dos dois.
     A condessa mandou que sua empregada Margarida entregasse um bilhete para a carpideira dizendo que contrataria os seus serviços e para isto seria necessário que as duas se encontrarem atrás de uma cripta azul , que ficava no local mais afastado e escuro do cemitério.Assim que Suindara chegou no loca combinado foi assassinada por um empregado de Ruth. Todos lamentaram muito quando ficaram sabendo da morte da jovem, a enterraram em um luxuoso mausoléu e para homenageá-la esculpiram uma enorme coruja branca no meio da sua cripta.
   Eliel, utilizou as cartas de tarô e acabou descobrindo que a verdadeira assassina de sua filha era a condessa da aldeia. Foi aí que ele resolveu executar um poderoso ritual para se vingar da assassina. Eliel foi até o túmulo de sua filha e executou sua magia. O espírito da moça penetrou na enorme estátua de coruja branca e fez com que ela criasse vida própria. A coruja saiu voando pela aldeia e foi até a sacada da janela do castelo onde dormia Ruth, começou a piar um canto estranho, semelhante ao som de roupa de seda sendo rasgada. Durante toda a noite a aldeia ouvia assustada o som aterrorizante da ave. No dia seguinte a condessa amanheceu morta e suas roupas de seda foram encontradas rasgadas, como se alguém as tivesse cortado.
      A partir desse evento, a coruja começou a soltar seus gritos aterrorizantes sempre que alguém estava perto de morrer na aldeia. Até hoje as pessoas ainda temem quando a "rasga-mortalha" sobrevoa suas casas soltando "gritos", pois bom sinal não é. Existe até um "contra-feitiço" para a maldição da coruja, são palavras que se diz para afastar o agouro do animal: " Aqui não tem tesoura nem pano, não tem ninguém morando aqui". Uns acreditam ou discordam mas quem somos nós para duvidar?



Referências bibliográficas:

 http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Suindara_%28Rasga-Mortalha%29



Um comentário:

  1. Amei a história da rasga-mortalha, parabéns pela ideia do blog, esta muito legal.

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